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Agora é possível investir em obras do icônico compositor e intérprete Toquinho

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Depois de Luiz Avellar, Paulo Ricardo e Philipe Pancadinha, entre outros, a Músicas do Brasil, braço musical da Hurst Capital, adquiriu parte dos royalties musicais do famoso compositor e intérprete Toquinho. Pelo acordo, será possível investir nas obras do artista por meio de um instrumento de crédito conhecido pela sigla CCB (Cédula de Crédito Bancário). A operação tem rentabilidade de 12% ao ano, prazo de 361 dias e pagamento único de juros e principal ao final do processo. O aporte mínimo é de R$ 10 mil.

Toquinho é conhecido por suas composições em parceria com Vinícius de Moraes, nos anos 1960 e 1970, como “Tarde em Itapoã”, “Carta ao Tom 74” e “A Tonga da Mironga do Kabuletê”. Mas sua composição de maior sucesso é o hit infantil “Aquarela”, lançada nos anos 1980 e que possui histórico consistente de reproduções até hoje, sendo constantemente incluída em trilhas sonoras, como a novela “Carrossel”, em 2013. Apenas no Youtube, as cinco principais músicas do Toquinho apresentam mais de 100 milhões de visualizações, e no Spotify já passam de 60 milhões.

O investimento nas obras de Toquinho é visto como ótima oportunidade porque seu catálogo possui idade média de 35 anos, com número de execuções estáveis. Além disso, o histórico dos recebimentos dos últimos três anos mostra uma evolução dos repasses do ECAD (Escritório Central de Arrecadação e Distribuição) e das editoras.

Para o CEO da Hurst, Arthur Farache, a operação de recebíveis com as obras de um artista tão renomado quanto Toquinho mostra que o investimento em royalties musicais está se consolidando no País. “Trata-se de um ícone da música brasileira, o que confere credibilidade a este tipo de operação e abre ainda mais as portas para que outros artistas novos ou de renome passem a integrar esse modelo, gerando oportunidades para os investidores”, afirma.

A estrutura de capital da Músicas do Brasil é suportada pelos seus ativos em carteira, ou seja, o seu catálogo de músicas, que já possui mais de 20 mil obras e fonogramas, com grande diversificação por público e gênero musical.

A Hurst, primeira plataforma especializada em ativos alternativos do Brasil, é pioneira também neste segmento de royalties musicais. As primeiras operações tiveram início em 2019, por meio do braço Músicas do Brasil, e o interesse nesse tipo de investimento tem crescido desde então. Apesar de ser um segmento novo no País, os royalties musicais são bem conhecidos no exterior.

O cantor e compositor norte-americano Bob Dylan é um dos maiores exemplos. A venda de 100% de seu catálogo, composto por mais de 600 composições, para a Universal Music, realizada em dezembro de 2020, rendeu algo em torno de US$ 300 milhões e é considerada a maior operação de direitos de publicação musical da história.

Dados do relatório anual da Federação Internacional da Indústria Fonográfica (IFPI) mostram que a receita total do mercado mundial de música gravada cresceu 7,4%, subindo para US$ 21,6 bilhões em 2020. É o sexto ano de crescimento consecutivo. A receita de streaming atingiu US$ 13,4 bilhões, respondendo por mais da metade do faturamento (62,1%). Ao todo havia cerca de 443 milhões de usuários de serviços de streaming pagos no final de 2020, sendo a América Latina a região que mais cresceu, 15,9%.

O Brasil, por sua vez, registrou um incremento de 37,1% em streaming e de 24,5% no geral. Para se ter ideia, durante 2020, apesar dos prejuízos causados pela pandemia de Covid-19, o ECAD (Escritório Central de Arrecadação e Distribuição), arrecadou e repassou R$ 947,9 milhões a compositores, intérpretes, músicos e editoras.

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