A dívida pública federal do Brasil cresceu 0,85% em março sobre fevereiro, a R$ 5,242 trilhões, informou o Tesouro Nacional nesta quarta-feira.
No mês, a dívida pública mobiliária interna teve avanço de 0,74%, a R$ 4,987 trilhões, enquanto a dívida externa aumentou 3,04%, a R$ 255,5 bilhões.
Em relatório, o Tesouro informou que sua reserva de liquidez fechou o mês a R$ 1,119 trilhão, ante R$ 933,2 bilhões em fevereiro.
“O Tesouro realizou emissões, em março, acima da média dos últimos 12 meses, contribuindo para suprir a necessidade de financiamento do governo federal e para manter o caixa acima do limite prudencial”, informou em nota, ressaltando que o mês de março foi negativo, de forma ampla, diante da deterioração na percepção de risco de emergentes.
O Tesouro também pontuou que o atual nível do seu colchão de liquidez é suficiente para fazer frente a mais de sete meses à frente de vencimentos, destacando que os meses de abril e maio deste ano concentram vencimentos estimados em 435 bilhões de reais.
Em relação à composição, os títulos que variam com a Selic, representados pelas LFTs, recuaram a 33,78% da dívida total em março, ante 34,82% no mês passado, deixando de ter o maior peso na dívida pública federal.
Já os títulos prefixados, que dão mais previsibilidade à gestão da dívida, avançaram a 34,67% da dívida, ante 34,36% em fevereiro, passando a ter maior peso na composição da dívida.
Os papéis indexados à inflação avançaram a 26,38% da dívida, ante 25,78% no mês passado.
Em relação aos detentores, a participação dos investidores estrangeiros na dívida mobiliária interna aumentou ligeiramente, a 9,54% em março, ante 9,43% em fevereiro.