A Duratex registrou lucro líquido de R$ 172,7 milhões, aumento de 232%, no primeiro trimestre, na comparação anual, para R$ 172,7 milhões. Esse é o melhor primeiro trimestre da sua história em lucro líquido, receita líquida, Ebitda ajustado recorrente e geração de caixa.
A receita líquida teve expansão de 52,2%, para R$ 1,7 bilhão, puxada por reajustes de preços e aumentos de volumes. A receita originada do mercado externo cresceu 60,5%, para R$ 353,5 milhões.
De janeiro a março, os investimentos da Duratex somaram R$ 132,4 milhões – R$ 84,5 milhões foram em ativos imobilizados e R$ 47,9 milhões para formação de ativo biológico.
O Ebitda – juros, impostos, depreciação e amortização – teve alta de 74,4%, para R$ 464,6 milhões. Já o Ebitda ajustado recorrente cresceu 126%, para R$ 495,9 milhões, como consequência dos altos níveis de utilização da capacidade, de ganhos em produtividade e de reajustes de preços. A margem do Ebitda ajustado e recorrente passou de 18,9%, no primeiro trimestre de 2020, para 28%.
Na divisão madeira, a Duratex registrou recorde do Ebitda ajustado e recorrente de R$ 375,9 milhões, 158% superior ao do mesmo período do ano passado. Na Deca, o indicador cresceu 71,6%, para R$ 65 milhões e, na divisão Revestimentos Cerâmicos, aumentou 53,8%, para R$ 54,9 milhões.
Os volumes expedidos de painéis de madeira cresceram 36,3%, para 801,6 mil m3. A companhia ampliou sua participação no mercado interno. As exportações aumentaram por meio das operações na Colômbia. O volume de produtos da Deca teve alta de 24,9%, para 6,544 milhões de peças. As vendas de revestimentos foram elevadas em 11%, para 5,4 milhões de m2.
A Duratex tem conseguido repassar para os preços as altas de custos de insumos, como metanol e ureia. No trimestre, reajustou painéis de madeira entre 11% e 26%. As elevações da Deca ficaram no patamar de 9% a 12%. Os preços de revestimentos cerâmicos foram reajustados em 6%.
Em relação ao abastecimento de matérias-primas, há falta de alguns papéis de revestimento de madeira e itens de embalagens.
No fim de março, a Duratex tinha alavancagem de 1,19 vez medida por dívida líquida sobre Ebitda recorrente. Já a relação entre endividamento líquido e patrimônio líquido ficou em 37,2%.
Os resultados da Duratex (BOV:DTEX3) referentes suas operações do primeio trimestre de 2021 foram divulgados no dia 29/04/2021. Confira o Press Release completo!
VISÃO DO MERCADO
Bradesco BBI
O Bradesco BBI destaca que o Ebitda com painéis de madeira subiu 158% em comparação com o patamar de um ano antes, devido a preços realizados mais altos e volumes fortes. A margem Ebitda da Deca caiu de 23% no trimestre anterior para 14%, mas fica acima daquela do mesmo período de 2020. A queda se deve a volumes mais baixos e a preços mais altos.
Bradesco BBI tem recomendação neutra para a Duratex, com preço-alvo de R$ 23.
Credit Suisse
O Credit Suisse comentou os resultados divulgados para a Duratex para o primeiro trimestre, que classificou como fortes. O Ebitda ficou 15% acima de sua estimativa e 25% acima daquela do consenso do mercado.
O banco espera que a empresa se beneficie de um ciclo de vários anos de crescimento da atividade de construção no Brasil, impulsionada por taxas de juros mais baixas, retomada da confiança do consumidor e estoques baixos de unidades residenciais.
Credit Suisse mantém recomendação de compra com preço-alvo de R$ 25…