A economia da zona do euro se contraiu no primeiro trimestre de 2021, quando os países implementaram novos bloqueios e restrições em meio a uma terceira onda de infecções por coronavírus.
O produto interno bruto (PIB) da região caiu 0,6% em relação ao trimestre anterior, de acordo com dados preliminares divulgados pelo escritório de estatísticas da Europa, Eurostat.
A maioria das maiores economias da região – Alemanha, Itália e Espanha – registrou queda na atividade durante os primeiros três meses do ano.
A França foi a exceção, com a segunda maior economia da Europa registrando um crescimento melhor do que o esperado de 0,4% no primeiro trimestre. Embora a economia francesa permaneça abaixo de seus níveis anteriores à Covid, os números de crescimento trarão alguma garantia no segundo trimestre.
O presidente francês, Emmanuel Macron, anunciou no início desta semana uma flexibilização das medidas daqui para frente, com cafés, bares e restaurantes capazes de oferecer serviços ao ar livre a partir de 19 de maio – o que pode ajudar na recuperação econômica.
No entanto, na Alemanha, a economia contraiu 1,7% no mesmo período, é pior do que a queda de 1,5% que os analistas esperavam. A nação foi severamente atingida pela terceira onda e diferentes abordagens entre suas várias regiões complicaram ainda mais sua luta contra a pandemia.
Na Itália, os últimos números do PIB mostraram contração de 0,4% no trimestre, um pouco melhor do que o esperado. A economia espanhola também encolheu no mesmo período, 0,5%.
Olhando para o futuro, no entanto, os economistas estão confiantes em 2021 para a zona do euro. Os países da região devem começar a receber fundos de apoio da Covid em toda a UE na segunda metade do ano, e a campanha de vacinação acelerou significativamente desde o início de 2021.
A União Europeia espera ter 70% da população adulta vacinada neste verão e os países dependentes do turismo esperam que um número maior de pessoas vacinadas lhes permita ter uma temporada de verão mais bem-sucedida este ano.
Índice de preços ao consumidor
O índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) da zona do euro subiu 1,6% em abril ante igual mês do ano passado, ganhando força ante o acréscimo anual de 1,3% observado em março, segundo dados preliminares da agência de estatísticas da União Europeia, a Eurostat.
Apesar do avanço, a inflação de abril permanece abaixo da meta do Banco Central Europeu (BCE), que é de uma taxa ligeiramente inferior a 2%. Apenas o núcleo do CPI do bloco, que desconsidera os preços de energia e de alimentos, registrou alta anual de 0,8% em abril, como esperado.
Desemprego
A taxa de desemprego da zona do euro caiu de 8,2% em fevereiro para 8,1% em março, segundo dados com ajustes sazonais divulgados hoje. O resultado de março surpreendeu analistas que previam taxa de 8,3%.
O dado de fevereiro foi revisado para baixo, de 8,3% originalmente.
A Eurostat estima que havia 13,166 milhões de desempregados na zona do euro em março. Em relação a fevereiro, o número de pessoas sem emprego na região teve queda de 209 mil.