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IGP-DI subiu 2,17% em março acumulando alta de 7,99% no ano

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Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) subiu 2,17% em março, percentual inferior ao apurado no mês anterior, quando havia registrado taxa de 2,71%. Com este resultado, o índice acumula alta de 7,99% no ano e de 30,63% em 12 meses. Em março de 2020, o índice havia variado 1,64% e acumulava elevação de 7,01% em 12 meses.

Na contramão da inflação ao produtor e para a construção civil, a inflação ao consumidor foi a única a registrar aceleração em março. Os energéticos foram os responsáveis pela avanço da taxa do IPC de fevereiro para março. As principais contribuições para a aceleração da inflação ao consumidor partiram dos seguintes itens: gasolina (11,05%), etanol (17,33%), tarifa de energia (1,02%) e gás de bujão (4,04%), que juntos responderam por 77% do resultado final do IPC”, afirma André Braz, Coordenador dos Índices de Preços.

Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) variou 2,59% em março, ante 3,40% em fevereiro. Na análise por estágios de processamento, a taxa do grupo Bens Finais subiu de 1,80% em fevereiro para 2,30% em março. O principal responsável por este avanço foi o subgrupo alimentos processados, cuja taxa passou de 0,02% para 1,29%. O índice de Bens Finais (ex), que resulta da exclusão de alimentos in natura e combustíveis para o consumo, subiu 1,52% em março, contra 0,97% em fevereiro.

A taxa do grupo Bens Intermediários passou de 6,60% em fevereiro para 4,04% em março. O principal responsável por alta menos intensa foi o subgrupo materiais e componentes para a manufatura, cuja taxa passou de 5,51% para 2,44%. O índice de Bens Intermediários (ex), calculado após a exclusão de combustíveis e lubrificantes para a produção, variou 2,91% em março, ante 5,62% no mês anterior.

O estágio das Matérias-Primas Brutas variou 1,61% em março. Em fevereiro, a taxa havia registrado alta de 2,08%. Contribuíram para o movimento da taxa do grupo os seguintes itens: bovinos (6,81% para 1,33%), mandioca/aipim (3,47% para -6,33%) e algodão em caroço  (12,53% para 2,56%). Em sentido oposto, vale citar milho em grão (2,81% para 4,58%), soja em grão (1,97% para 2,62%) e leite in natura (-4,32% para -2,26%).

Índice de Preços ao Consumidor (IPC) subiu 1,00% em março, após variar 0,54% em fevereiro. Cinco das oito classes de despesa componentes do índice registraram acréscimo em suas taxas de variação: Transporte (2,29% para 3,89%), Habitação (0,08% para 0,75%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,29% para 0,57%), Vestuário (0,03% para 0,11%) e Comunicação (-0,07% para 0,01%). Nestas classes de despesa, vale mencionar o comportamento dos seguintes itens: gasolina (6,90% para 11,05%),  tarifa de eletricidade residencial (-0,88% para 1,02%),  artigos de higiene e cuidado pessoal (0,13% para 0,98%), roupas (-0,29% para -0,06%) e mensalidade para TV por assinatura (0,00% para 0,55%).

Em contrapartida, os grupos Educação, Leitura e Recreação (0,12% para -0,37%), Alimentação (0,09% para 0,03%) e Despesas Diversas (0,24% para 0,22%) apresentaram decréscimo em suas taxas de variação. Estas classes de despesa foram influenciadas pelos seguintes itens: cursos formais (0,63% para 0,00%), hortaliças e legumes (-2,43% para -4,95%) e alimentos para animais domésticos (1,57% para 0,64%).

Núcleo do IPC e Índice de Difusão
O núcleo do IPC registrou taxa de 0,31% em março, ante 0,28% no mês anterior. Dos 85 itens componentes do IPC, 42 foram excluídos do cálculo do núcleo. Destes, 24 apresentaram taxas abaixo de 0,07%, linha de corte inferior, e 18 registraram variações acima de 0,76%, linha de corte superior. O índice de difusão, que mede a proporção de itens com taxa de variação positiva, ficou em 65,16%, 3,87 pontos percentuais acima do registrado em fevereiro, quando o índice foi de 61,29%.

Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) variou 1,30% em março, ante 1,89% no mês anterior. Os três grupos componentes do INCC registraram as seguintes variações na passagem de fevereiro para março: Materiais e Equipamentos (4,38% para 2,84%), Serviços (1,00% para 0,74%) e Mão de Obra (0,12% para 0,16%).

(Com informações do FGV Ibre)

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