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As perdas líquidas do Uber melhoram graças à venda de unidade autônoma no 1T21

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O Uber (NYSE:UBER) superou as estimativas melhorando drasticamente suas perdas líquidas no primeiro trimestre, mas perdeu a estimativa de receita.

As ações subiram cerca de 1% nas negociações após o fechamento da bolsa na terça-feira (05).

O Uber também é negociado na B3 através da BDR (BOV:U1BE34).

Veja como o Uber se saiu em relação às expectativas:

  • Perda: US$ 0,06 centavos contra US$ 0,54 centavos esperados, de acordo com um consenso de analistas consultados pela Refinitiv.
  • Receita: US$ 2,90 bilhões contra US$ 3,29 bilhões esperados por Refinitiv.

É difícil para os investidores comparar os números da empresa ano após ano, já que a pandemia Covid-19 começou a se espalhar há um ano e restringiu severamente as viagens. No entanto, as empresas de carona estão começando a se recuperar de suas baixas pandêmicas à medida que as vacinas contra o coronavírus são lançadas e as restrições são atenuadas.

No geral, o prejuízo líquido do Uber foi de US$ 108 milhões, uma tremenda melhora em relação ao prejuízo de US$ 968 milhões no quarto trimestre de 2020. Mas isso se deveu em grande parte a um ganho de US$ 1,6 bilhão com a venda de sua unidade autônoma, ATG . O prejuízo operacional do Uber ainda foi alto no trimestre, em mais de US$ 1,5 bilhão.

O Uber estabeleceu uma meta de alcançar a lucratividade com base no EBITDA ajustado até o final deste ano, e os investidores estarão esperando por quaisquer atualizações que a empresa possa fornecer em sua teleconferência de resultados na quarta-feira.

Sua perda de EBITDA ajustada foi de US$ 359 milhões, que melhorou em US$ 95 milhões em relação ao trimestre anterior. O EBITDA refere-se ao lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização.

Veja como os maiores segmentos de negócios do Uber se saíram no primeiro trimestre de 2021:

  • Mobilidade (reservas brutas):  US$ 6,77 bilhões, queda de 38% em relação ao ano anterior
  • Entrega (reservas brutas) : US$ 12,46 bilhões, um aumento de 166% em relação ao ano anterior

A receita de entrega também superou seu principal negócio de carona em US$ 1,7 bilhão, em comparação com US$ 853 milhões. A empresa confiou em seus serviços de entrega para compensar o trânsito perdido durante a pandemia. O Uber disse que a receita do segmento de Eats cresceu 28% trimestre a trimestre.

“O Uber está começando a disparar em todos os cilindros, à medida que mais consumidores estão conosco novamente, enquanto continuam a usar nossas ofertas de entrega em expansão”, disse o CEO Dara Khosrowshahi no relatório de lucros.

Em uma atualização aos acionistas, a empresa disse que os comerciantes do Uber Eats ultrapassaram os 700.000 no primeiro trimestre, com as adições de Mr. Beast Burger, Rite Aid e Smoothie King.

A empresa também fechou acordo com a Gopuff para oferecer mais lojas de conveniência e itens de mercearia a partir de junho.

O Uber também está enfrentando uma necessidade imediata e crescente de mais motoristas, lutando para atender à demanda após as vacinas da Covid-19 e uma flexibilização das restrições. A empresa disse no mês passado que gastaria  US$ 250 milhões em um estímulo único com o objetivo de colocar os motoristas de volta nas estradas. Se não corresponder ao fornecimento, a empresa pode enfrentar clientes incomodados, que precisam desembolsar mais dinheiro ou até mesmo aplicar mais incentivos.

O Uber disse que tem aproximadamente 3,5 milhões de motoristas e mensageiros em sua plataforma, um aumento de 4% em relação ao trimestre anterior, mas ainda uma queda de 22% em relação ao ano anterior.

As viagens na plataforma ficaram estáveis ​​em relação ao trimestre anterior em 1,45 bilhão, e 13% abaixo do mesmo trimestre do ano anterior. A empresa disse que seu crescimento contínuo em viagens de entrega está compensando declínios em sua unidade de mobilidade.

O Uber também enfrentou pressão durante o trimestre no Reino Unido, depois que a Suprema Corte do país manteve a decisão de que seus motoristas são trabalhadores, e não contratados independentes.

Classificar os motoristas como contratados permite que as empresas evitem os custosos benefícios associados ao emprego, como o seguro-desemprego. Se uma medida semelhante acabar sendo aprovada nos Estados Unidos, pode dificultar o alcance da lucratividade.

Fontes: CNBC

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