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CPI da Covid ouve o ex-ministro das Relações Exteriores Ernesto Araújo

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A CPI da Covid ouve o ex-ministro das Relações Exteriores Ernesto Araújo sobre a condução da diplomacia brasileira durante a crise sanitária provocada pela covid-19.

Segundo ele, ao ser questionado pelo relator da comissão, Renan Calheiros, o ex-ministro disse que sua demissão não teve relação com a questão das vacinas.

“Certamente não à questão de vacinas”, sustentou.

Araújo disse ainda que o ministério das Relações Externas fez um trabalho conjunto com o da Saúde, notando que não atuou de maneira “avulsa” à frente da Pasta, mas sempre em coordenação com outros órgãos federais.

Ele indicou ainda que manteve contato com tratativas com a Índia e a China, além do Reino Unido, na questão dos imunizantes contra a covid-19. “China e Índia são os países que mais têm cooperado com o Brasil em vacinas”, destaca.

O ex-ministro deve receber hoje um tratamento bastante duro por parte dos senadores.

No caso de Ernesto Araújo, a preocupação é que os integrantes independentes e da oposição da CPI explorem uma eventual mágoa do ex-ministro das Relações Exteriores com o Planalto após uma saída turbulenta da pasta.

O presidente da CPI da Covid, Omar Aziz (PSD-AM), afirmou que enviará pedido à Polícia Federal para que investigue ameaças relatadas por membros da comissão de inquérito que investiga a resposta do governo federal à pandemia do novo coronavírus.

De acordo com o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), vice-presidente da CPI, alguns integrantes da Comissão Parlamentar de Inquérito têm recebido diferentes tipos de ameaças em suas comunicações pessoais, no que parece ser “claramente uma ação coordenada”, segundo ele.

Randolfe citou artigo do código penal que define como crime “impedir, ou tentar impedir, mediante violência, ameaça ou assuadas, o regular funcionamento de Comissão Parlamentar de Inquérito, ou o livre exercício das atribuições de qualquer de seus membros”, e pediu a Aziz que relate as ameaças à PF.

O presidente do colegiado respondeu que fará o pedido de investigação à PF ainda nesta terça-feira. “Isso está virando uma rotina, mas o papel nosso é continuar trabalhando”, afirmou Aziz.

A CPI da Covid tem sido alvo de ataques do presidente Jair Bolsonaro e de apoiadores. Na semana passada, Bolsonaro chamou o relator da comissão, senador Renan Calheiros (MDB-AL), de “vagabundo” e “picareta”, e afirmou que o que ocorre na comissão é um “crime”.

A CPI da Covid aprovou hoje as convocações do ex-secretário-executivo do Ministério da Saúde Élcio Franco e do secretário de Ciência e Tecnologia da pasta, Hélio Angotti Neto, para prestar depoimentos.

Franco, que é coronel do Exército, e Angotti são apontados como os principais envolvidos nas negociações de aquisições de vacinas no país. As datas para os depoimentos ainda não foram marcadas.

Angotti, que assumiu o cargo no ano passado, com Eduardo Pazuello, foi mantido pelo atual ministro, Marcelo Queiroga. Ele é o responsável pela negociação, aprovação e aquisição de todos os medicamentos que passam pelo Ministério da Saúde.

Como mostrou aters Reu, Angotti foi ganhando influência no governo ao defender políticas questionáveis contra a Covid-19, mas que agradam o presidente Jair Bolsonaro. Oftalmologista, o secretário se dedicou a defesa do chamado “tratamento precoce”, com o uso de cloroquina, e críticas ao distanciamento social e uso de máscaras.

Cabia a Angotti também a negociação com as farmacêuticas para compra de vacinas pelo país. De acordo com uma fonte ouvida pela Reuters, o secretário recebia os laboratórios, negociava, e repassava as informações a Élcio Franco, que então levava ao então ministro Pazuello.

Franco, braço direito de Pazuello, chegou a participar de reuniões com a Pfizer, de acordo com o depoimento do ex-secretário de comunicação da Presidência Fábio Wajngarten. Apesar de ter começado as conversas com o governo brasileiro em meados de 2020 e ter apresentado a primeira proposta em uma carta em setembro, as ofertas da Pfizer foram ignoradas até o início deste ano.

Procurados, Franco, Angotti e o Ministério da Saúde não comentaram até o momento as convocações pela CPI.

(Com informações do Estadão, BDM, Reuters, VAlor- Foto Agencia Brasil)

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