O lucro líquido da Focus Energia caiu 66,3% na comparação anual, passando de R$ 44,2 milhões para R$ 14,9 milhões.
No 1T21, foram comercializados 1.355 GWh, volume 30,1% inferior em relação aos 1.938 GWh comercializados no 1T20, registrando uma Receita Operacional Líquida de R$ 245,8 milhões.
Essa redução no volume comercializado deve-se, principalmente, a uma posição mais conservadora adotada pela Companhia na comercialização de energia, devido ao atípico período úmido (baixas afluências), que trouxe maiores incertezas regulatórias aos preços dos contratos no curto prazo, influenciados pelo despacho de termelétricas fora da ordem de mérito pelo ONS.
Apesar da queda nas receitas, a Companhia obteve melhor performance operacional na negociação de contratos, mesmo com o menor PLD médio praticado pelo mercado durante o 1T21 em relação ao mesmo trimestre de 2020.
A Companhia registrou um ebtida de R$21,1 milhões no 1T21, com uma margem ebtida de 8,5%.
A Companhia registrou Resultado Financeiro Líquido de R$ 1,3 milhão no 1T21, comparado ao resultado negativo de R$ 1,4 milhão no 1T20. Os rendimentos obtidos com os recursos captados no IPO, que elevaram significativamente o volume finance
As Despesas Gerais e Administrativas do 1T21 atingiram R$ 11,4 milhões, frente aos R$ 6,1 milhões registrados no mesmo período do ano anterior. Esse crescimento deve-se, principalmente, às despesas com a implantação do novo sistema ERP, que somaram R$ 420,0 mil no 1T21, e às despesas com folha de pagamento e encargos sociais, associadas ao aumento no quadro de colaboradores e à bonificação anual, além da adequação do pró-labore da Diretoria.
No 1T21, houve um saldo positivo de R$ 244 mil na conta de Outras Receitas e Despesas, frente ao saldo negativo de R$ 1,1 milhão no 1T20, em razão de eventos societários e distribuição desproporcional de lucros no 1T20.
Os resultados da Focus Energia (BOV:POWE3) referente suas operações do primeiro trimestre de 2021 foram divulgados no dia 17/05/2021. Confira o Press Release completo!
A Focus Energia pagará R$ 4,74 milhões em dividendos referentes a 2020, de acordo com a nota divulgada ao mercado nesta segunda-feira (17). O montante, aprovado em assembleia geral ordinária e extraordinária (AGOE), corresponde a R$ 0,05295485880 por ação ordinária da companhia.
A distribuição dos proventos será realizada na quinta-feira (20). Terão direito ao pagamento os acionistas com posição acionária em 30 de abril de 2021, data de realização da assembleia. As ações estão sendo negociadas “ex-dividendo” desde 3 de maio.
Teleconferência
Apesar de chuvas historicamente baixas nos últimos meses na região das hidrelétricas, principal fonte de geração do Brasil, a situação não chega a trazer temores de racionamento de energia, disse nesta terça-feira o presidente da comercializadora de eletricidade Focus Energia, Alan Zelazo.
O executivo alertou, no entanto, para aumentos de custos, ao projetar continuidade nas contas de luz da chamada bandeira tarifária vermelha, que gera cobranças adicionais para os consumidores.
“Nossa expectativa é que, assim como no mês de maio, haja manutenção da bandeira vermelha em todos os meses do ano. Apesar disso, acreditamos que não há risco de racionamento”, afirmou Zelazo, durante teleconferência com investidores sobre os resultados da Focus.
“Mas será mantido o despacho integral das térmicas, além da importação de energia de outros países”, acrescentou ele, ao pontuar que isso terá como efeito um aumento dos custos no sistema elétrico.
O Ministério de Minas e Energia e outros órgãos do governo instituíram na semana passada uma “sala de situação” para acompanhar as condições de suprimento de energia no país, após o presidente Jair Bolsonaro qualificar anteriormente a situação como “maior crise hidrológica da história”.
A medida veio após o período de setembro de 2020 a abril de 2021 ter sido visto como o pior em chuva na área das usinas hídricas desde 1931, quando tiveram início os registros, embora o governo também tenha afirmado não ver riscos de suprimento.
O baixo nível dos reservatórios, no entanto, deve gerar uma pressão sobre os preços no mercado livre de energia, ambiente em que grandes consumidores como indústrias podem negociar diretamente contratos e preços de suprimento com empresas de geração e comercializadoras.
“Olhando para a frente, observamos um incremento de preços entre 2022 e 2025, gerando boas oportunidades de negócio na comercialização de energia para os próximos anos”, disse Zelazo.
Ele apontou que esse cenário pode favorecer projetos de geração solar que a Focus tem desenvolvido, que têm parte da produção futura ainda não vendida em contratos.
A empresa, que atua em comercialização de energia e tem buscado expansão no segmento de geração renovável, deve iniciar em maio as obras civis de sua primeira usina solar, Futura 1, que tem previsão de entrada em operação entre o final de abril e o começo de maio de 2022.
Zelazo disse ainda que a Focus iniciou no mês passado a contratação de hedge cambial para o empreendimento, que terá 671 megawatts em capacidade instalada.