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Lupo contrata bancos para IPO

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A Lupo — a fabricante de meias e cuecas que é quase sinônimo da categoria no Brasil — acaba de contratar bancos para um IPO que deve vir a mercado no segundo semestre deste ano, pessoas a par do assunto disseram ao Brazil Journal.

A Lupo mandatou Itaú BBA, XP, BTG Pactual e Bank of America. Segundo pessoas com conhecimento do assunto, a abertura de capital visa, em parte, financiar a aquisição de marcas que complementem o portfólio da empresa.

Uma das raras companhias centenárias do Brasil, a Lupo tem duas fábricas no interior de São Paulo e vende seus produtos em mais de 35 mil lojas multimarcas, além de operar uma rede de 654 franquias (entre as marcas Lupo, Muito Lupo, Lupo Sport, Scala e Trifil) e um ecommerce.

No ano passado, com a pandemia fechando o comércio, as vendas caíram 18% para R$ 736 milhões, segundo dados disponíveis no site da empresa. O EBITDA encolheu para R$ 57 milhões em comparação aos R$ 163 milhões do ano anterior.

A Lupo foi criada há exatos 100 anos por Henrique Lupo, um imigrante italiano que chegou ao Brasil com 11 anos e aos 17 comprou uma máquina para fabricar meias dentro de casa. Este DNA manufatureiro está até hoje no sangue da família, que por muito tempo desenvolveu máquinas de tecelagem próprias.

Na época, Lupo saía pela cidade de Araraquara, no interior de São Paulo, vendendo as meias, que nos primeiros 70 anos foram o único produto da empresa.

Mas no início dos anos 90, com a ascensão da CEO Liliana Aufiero (neta do fundador), a marca começou a diversificar o portfólio: primeiro, lançou uma linha de cuecas; depois, uma de lingeries femininas; e em 2010, a Lupo Sport, uma marca de roupas casuais como tops, camisetas e shorts. Mais recentemente, para não dormir no ponto, a companhia também entrou em pijamas.

Liliana assumiu a empresa num momento dramático: o negócio estava afundado em dívidas, à beira da falência e com a família decidida a passar o problema para frente. Na época, Liliana pediu aos demais acionistas um ano para tentar recuperar a empresa e vendê-la por um preço melhor.

Não só conseguiu, como transformou a Lupo em líder absoluta de mercado com um market share de 11,2% nas categorias de moda íntima e meias.

Nas últimas duas décadas, a Lupo cresceu 3,2x mais que o varejo e 12,6x o PIB. O crescimento também bateu os índices de inflação: 3,7x o IGP-M e 5,5x o IPCA.

A maior parte do crescimento foi orgânico, alimentado por novas categorias e pela abertura de lojas. A única grande aquisição veio em 2016: a compra da Scalina — dona das marcas de meias Trifil e Scala — que era a principal concorrente da Lupo na categoria.

A sucessão de Liliana está praticamente certa: Carlos Mazzeu, seu braço-direito e diretor-geral da companhia, está na Lupo há 34 anos e pronto para assumir quando Liliana se aposentar.

Fontes próximas à empresa dizem que o foco de expansão da Lupo para os próximos anos será a Lupo Sport, que hoje tem apenas dez lojas.

Depois de um ano que afetou todo o setor, os números da Lupo começaram a se recuperar. Uma fonte diz que a empresa viu sua receita subir para R$ 240 milhões no primeiro trimestre, 42% mais que no mesmo período de 2020, e teve um EBITDA de R$ 58 milhões, 5x maior que o do primeiro tri do ano passado.

Segundo essa fonte, a empresa tem caixa líquido de R$ 100 milhões.

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