Nos últimos dias, mineradores da rede Ethereum estão gerando mais receita do que mineradores de Bitcoin.
Segundo o painel de dados do The Block, mineradores da Ethereum agora estão gerando US$ 77 milhões de receita diária, considerando essa segunda-feira (10), em comparação aos US$ 67 milhões que mineradores de Bitcoin ganham.
Os dados são uma média móvel de sete dias, ou seja, é a média da última semana e indica uma tendência de curto prazo.
Isso aconteceu algumas vezes nos últimos meses. No início de fevereiro e no fim de abril, a receita pela mineração de ether (ETH) foi maior do que a de bitcoin (BTC). O que é perceptível é que isso está se tornando mais frequente pois, nos últimos anos, era apenas um acontecimento raro.
Um dos motivos para mineradores da Ethereum estarem obtendo mais lucros é que o preço da criptomoeda subiu drasticamente nos últimos meses.
O preço do ether continuou a subir nas últimas semanas enquanto o preço do bitcoin permanece estagnado. Após começar o ano em US$ 730, 1 ETH, agora, equivale a quase US$ 4,3 mil.
Outra consequência importante são as crescentes taxas de transação da rede. Mineradores de ether obtêm receita via taxas de transação — conhecidas como taxas de gás, pagas em ether — e subsídios por blocos pela geração de novas moedas.
Atualmente, 40% da receita de mineradores da Ethereum vem na forma de taxas de gás. Porém, conforme a implementação da Proposta de Melhoria à Ethereum (EIP) 1559 se aproxima, prevista para julho, uma parte das taxas será enviada à própria rede em vez de para os mineradores.
A partir de julho, haverá duas taxas, segundo a EIP-1559: uma taxa-base e uma taxa de inclusão/gorjeta para mineradores. A taxa-base será “queimada” e apenas a taxa de inclusão irá para os mineradores. O objetivo geral da EIP é reduzir taxas de transação para usuários.