O ouro fechou em alta nesta quarta-feira, apoiado pelos retornos dos Treasuries perto da estabilidade, já que os títulos da dívida dos EUA competem com o metal como ativo de segurança de investidores.
O mercado também observou comentários de dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) acerca da inflação nos Estados Unidos.
O ouro com entrega prevista para junho avançou 0,47%, a US$ 1784,30 a onça-troy, na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex).
Além do suporte fornecido pela estabilidade nos juros americanos, o metal precioso ganhou impulso diante das expectativas de alta inflacionária no país ao longo do ano, reiterada por falas de membros do Fed. Entre eles, a dirigente da entidade Michelle Bowman afirmou que fatores técnicos e gargalos na cadeia de produção elevarão os índices de preços a níveis acima da meta do Fed, de cerca de 2%.
Já o presidente da distrital de Chicago da instituição, Charles Evans, disse considerar que uma inflação por volta de 3% não deveria ser um grande motivo de preocupação em 2021, após defender uma postura agressiva do Fed em sua política monetária, de forma a evitar um período de inflação reprimida, como os que ocorrem no Japão e na zona do euro.
Mensagens semelhantes, prevendo alta nos preços do país, foram dadas nesta quarta pelos presidentes do Fed de Cleveland, Loretta Mester, de Boston, Eric Rosengren, e de Nova York, John Williams.
Segundo avalia o Commerzbank, em relatório enviado a clientes, o ouro se beneficiará de uma inflação acelerada no país, pois atuará como ativo que cobrirá os riscos provocados pela eventual alta nos preços.