As gigantes do petróleo estão reavaliando duas áreas do pré-sal que ficaram sem interessados no leilão de 2019 após a decisão do governo de reduzir em 70% o bônus de assinatura em uma nova concessão.
O governo deve divulgar em junho as diretrizes para o leilão das áreas nos campos de Atapu e Sépia e espera que as negociações com as petroleiras estrangeiras “se intensifiquem nos próximos meses”, afirmou o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, em entrevista.
O Brasil quer viabilizar a exploração de suas enormes reservas de óleo e gás no pré-sal, onde projetos podem levar anos para começar a produzir, antes que o valor desses ativos seja comprometido pela transição energética. O governo espera arrecadar cerca de R$ 11 bilhões em bônus de assinatura para os dois blocos, uma meta mais modesta que a de quase R$ 37 bilhões de dois anos atrás.
“Entendemos que o mais importante para o Brasil neste momento, para este leilão, são os investimentos que serão feitos e o retorno obtido”, disse Albuquerque. “Estamos conversando com todos, e todos estão procurando.”
A Petrobras (BOV:PETR3) (BOV:PETR4) já produz no campo de Atapu e espera extrair o primeiro óleo em Sépia neste ano, reduzindo qualquer risco de exploração na área adjacente que o Brasil oferecerá em dezembro. Os atuais parceiros da Petrobras no Atapu são Galp Energia, Total e Royal Dutch Shell. No Sépia, a Galp é o único parceiro.
Informações Bloomberg