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Plataforma InspireIP promove o primeiro leilão de uma obra de arte brasileira em NFT em junho

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O primeiro leilão de uma obra de arte física brasileira atrelada a um token não fungível (NFT) será promovido pela plataforma InspireIP em junho, segundo a Cointelegraph Brasil.

No dia 5 de junho, a plataforma da startup brasileira InspireIP vai disponibilizar o quadro “Fronteira Físico/Digital”, do artista plástico baiano Bel Borba.

Alberto José da Costa Borba, conhecido como Bel Borba, é reconhecido por esculturas, quadros e por suas intervenções artísticas em espaços públicos em Salvador (BA), usando a técnica de mosaico. Aos 64 anos, também já fez intervenções artísticas na Times Square, em Nova York (EUA).

A iniciativa é promovida em parceria pela startup com a Nordeste Leilões, que trabalha no mercado de arte naquela região do Brasil. Segundo as leis brasileiras, um leilão de obra de arte requer a participação de um leiloeiro ou de uma casa leiloeira para ser certificado.

A obra “Fronteira Físico/Digital” foi feita especialmente para a ação e será dividida em 100 partes – fisicamente e digitalmente – para ser vendida em NFT. O lance mínimo por peça é de US$ 600. Bel Borba falou ao UOL sobre a iniciativa:

“É muito simbólico saber que você a vai destruir, no bom sentido. E não deletando, mas fracionando. Arte é compartilhamento. Ela foi pintada por cerca de 30 dias, sem pressa, mas sensível ao que eu estou fazendo parte.”

Outras obras de artistas brasileiros já foram vendidas em plataformas de NFT ao redor do mundo, mas esta é a primeira obra de arte física de um brasileiro a ir a leilão neste segmento. Grandes galerias de arte já adotaram criptomoedas para pagamentos e NFTs para certificar as obras vendidas.

No começo de maio, um dos sócios de uma galeria de arte de São Paulo lançou uma plataforma de e-commerce em blockchain para atrair novos colecionadores.

Na mesma época, um coletivo de artistas também lançou um estúdio especializado para a tokenização de obras de arte.

Segundo uma pesquisa da Consensys, a pandemia deixou grande parte dos artistas sem renda, o que acabou impulsionando a ascensão da venda de arte em NFTs como forma de atenuar a crise econômica global.

Por Lucas Caram

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