O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) do FGV IBRE subiu 3,7 pontos em maio, para 76,2 pontos. Os resultados de abril e maio recuperam 81% da queda sofrida no mês de março. Em médias móveis trimestrais, o índice continua em tendência negativa ao cair 0,6 ponto.
Em maio, tanto a percepção dos consumidores sobre o momento atual quanto as expectativas para os próximos meses tornaram-se menos pessimistas. O Índice de Situação Atual (ISA) subiu 4,2 pontos, para 68,7 pontos, enquanto o Índice de Expectativas (IE) cresceu 3,2 pontos, para 82,4 pontos.
Entre os quesitos que medem o grau de satisfação com a situação atual, o indicador que mede a percepção dos consumidores em relação à situação econômica geral aumentou 2,3 pontos em maio, para 73,9 pontos, retornando a patamar próximo ao de fevereiro. O indicador que mede a satisfação sobre as finanças pessoais subiu 5,9 pontos, para 64,1 pontos, retornando ao nível de janeiro de 2021.
Com relação às expectativas, o indicador que mede as perspectivas para a economia nos próximos meses foi o que mais contribuiu para o aumento da confiança em maio ao subir 8,9 pontos, para 109,6 pontos, sendo esse o maior valor desde outubro de 2020 (110,6 pontos). As perspectivas em relação à situação financeira das famílias nos próximos meses permaneceram estáveis, com o indicador acomodando em 86,4 pontos.
O indicador que mede o ímpeto para compras acomodou ao variar 0,4 ponto, para 53,5 pontos, patamar extremamente baixo quando comparado aos níveis pré-pandemia de Covid-19. Entre janeiro de 2018 e fevereiro de 2020, o valor médio do indicador para comprar previstas de duráveis foi de 82,7 pontos.
A análise por faixas de renda revela melhora da confiança em todas as faixas de renda, com destaque para as famílias com renda entre R$ 2.100,01 e R$ 4.800,00, cujo ICC aumentou 7,8 pontos para 69,2 pontos, nível ainda considerado baixo em termos históricos. Entre fevereiro e abril, o ICC caiu 12,5 pontos para essa faixa de renda, portanto, o aumento observado em maio representa recuperação de 62,4% da queda sofrida.