A Argentina informou que suspendeu temporariamente exportações de 12 empresas de carne bovina, alegando operações “irregulares”. Foram apreendidas, ainda, cerca de 220 toneladas do produto, após uma decisão do governo de proibir vendas externas de carne por 30 dias.

O Ministério de Agricultura do país, por meio da Direção Nacional de Controle Comercial Agrícola, informou que suspendeu temporariamente as atividades de exportação de seis empresas depois de ter descoberto “irregularidades como a falta de liquidação de moeda estrangeira ou registro de falsos endereços, entre outras acusações”.

Foram vendidas quase 7 mil toneladas, o que representa 21% do volume exportado por empresas que não têm frigoríficos próprios. Autoridades informaram que já haviam suspendido anteriormente seis empresas por acusações similares, o que leva o total de 12 empresas, com apreensão de 220 toneladas de carnes. O ministério acrescentou que mais cinco empresas estão sob investigação.

“Com ações conjuntas buscamos eliminar a concorrência desleal no mercado de exportação de carnes congeladas, que também foi uma reivindicação de todo o setor”, disse Luciano Zarich, diretor de Controle Comercial Agrícola.

Também foram apreendidas 1.087 caixas de carnes congeladas pertencentes à empresa Alpha Estudio Aduanero, que está suspensa do Cadastro Único da Cadeia Agroalimentar (Ruca) por irregularidades detectadas, além de 28 caixas de carnes congeladas da empresa Agrop Negócios. Elevando para um total de 26.083 kg.

Em outra operação realizada no porto de Buenos Aires, foram interditados 4 contêineres com carne congelada, três dos quais pertencem à empresa Alpha Estudio Aduanero, e o restante à empresa Agrop Negócios. O total da mercadoria interditada é de 103.905 kg.

Além disso, e no âmbito dos controles efetuados pelo Ministério da Agricultura, foram interditadas 60 toneladas de carne congelada pertencente à empresa Mocho Pampa.

Segundo o órgão, 30 toneladas, que pertenceriam à firma Huachana, denunciada criminalmente, podem ser apreendidas, de acordo com o relatório do Banco Central da República Argentina.

As medidas adotadas foram tomadas no âmbito de processos administrativos distintos que tramitam na Direção Nacional de Controle Comercial Agrícola, diz o ministério.

Quinto maior fornecedor global de carne bovina, a Argentina é conhecida pela qualidade de seu produto. Mas o governo decidiu há duas semanas fechar as portas para exportações, por um período de 30 dias, em uma tentativa de aumentar a oferta doméstica e conter a inflação em crescimento.

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