Em uma declaração sobre suas políticas, publicada nesta quarta-feira (2), Google (BOV:GOGL34) disse que, “a partir de 3 de agosto, anunciantes que oferecerem Corretoras e Carteiras de Criptomoedas, com Estados Unidos como alvo, podem promover esses produtos e serviços quando atenderem os seguintes requisitos e forem certificados pelo Google”.
Para terem esse direito, corretoras e carteiras precisam “estar devidamente registradas (a) com a FinCEN [Rede de Combate a Crimes Financeiros] como uma Empresa de Serviços Financeiros ou possuir pelo menos uma licença de transmissora monetária; ou (b) ser uma entidade bancária com alvará federal ou estatal”, “cumprir com requisitos legais, incluindo quaisquer requisitos legais locais, seja a nível estatal ou federal” e “garantir que seus anúncios e páginas de redirecionamento cumpram com todas as políticas de anúncios do Google”.
O novo processo de certificação irá substituir o processo que existia para corretoras cripto desde o fim de 2018.
Em março de 2018, o Google deu o que falar quando baniu anúncios sobre cripto em seu mecanismo de pesquisa, uma iniciativa que aconteceu logo após o Facebook ter implementado uma mudança de políticas parecidas naquele mesmo ano.
Ainda assim, em setembro de 2018, o Google voltou atrás em relação a essas políticas, permitindo que corretoras cripto se tornassem anunciantes certificadas na plataforma para os mercados americano e japonês.
Há tempos, críticos acusam o Google de não lidar adequadamente com fraudes em anúncios relacionados a cripto.
Segundo a declaração do Google, não permitirá anúncios para “ofertas iniciais de moeda, protocolos de negociação DeFi ou a promoções de compra, venda ou negociação de criptomoedas ou produtos relacionados”.
Exemplos incluem “ofertas iniciais de DEXs, pools de liquidez de tokens, patrocínio de criptomoedas por celebridades, carteiras não custodiais e dApps não regulamentadas”.
Além disso, “anúncios com redirecionamento que agregam ou comparam emissores de criptomoedas ou produtos relacionados” também não são permitidos.
“É bom relembrar que esperamos que todos os anunciantes cumpram com as leis locais para qualquer área que seus anúncios tiverem como alvo. Essas políticas serão aplicadas globalmente para todas as contas que promovem esses produtos financeiros”, concluiu o Google.