O desenvolvedor James Howells, que há alguns meses ficou famoso por revelar que jogou um HD com mais de R$ 1 bilhão em Bitcoin (COIN:BTCUSD) no lixo em 2013, tem uma nova tática para tentar recuperar a fortuna.
Na época, em 2013, o HD com 7.500 BTC foi jogado fora e as criptomoedas eram avaliadas ainda em US$ 7,5 milhões. A valorização expressiva do Bitcoin nos anos seguintes elevou esta cotação para US$ 250 milhões ou mais de R$ 1,3 bilhão.
O desenvolvedor chegou a oferecer US$ 75 milhões de recompensa para quem o ajudasse a encontrar o dispositivo em janeiro deste ano, mas não conseguiu reencontrar o HD.
Tecnologia pode ajudar a recuperar a fortuna
Segundo o jornal britânico The Sun, Hogells agora quer vasculhar o lixão de Newport, no País de Gales, em busca do dispositivo bilionário.
O desenvolvedor já teria feito contato com engenheiros e especialistas para montar uma força-tarefa, com ajuda de esteiras de transporte, varreduras em raio-x e inteligência artificial.
A matéria diz que Hogells quer vasculhar entre 300 e 400 mil toneladas de lixo para tentar encontrar o HD, em operação avaliada em US$ 800 mil. Um fundo de hedge estaria disposto a bancar a missão, em troca de uma parte da fortuna em BTC. Howells explica a operação:
“A ideia é fazer uma busca profissional, não alguém entrando no lixão com um balde e uma pá. Seria uma operação delicada, porque não podemos danificar o equipamento durante o processo. Não dá para usar uma retroescavadeira”.
Por outro lado, a ideia não agradou às autoridades de Newport, que rejeitaram pedidos de aprovação para a iniciativa e não aceitaram parte do montante em BTC caso o HD fosse encontrado. Um porta-voz comentou:
“O custo de escavação, armazenamento e tratamento do lixo seria de milhões de libras, sem a garantia de encontrar o equipamento ou de que ele esteja funcionando. Também explicamos diversas vezes que não temos licença para permitir esse tipo de escavação, que pode provocar enorme impacto ambiental nos seus arredores. Mesmo se pudéssemos aceitar seu pedido, ainda há a questão de quem pagaria esses custos caso o equipamento não fosse encontrado. Já fomos bastante claros de que não podemos ajudá-los com essa questão”
O desenvolvedor se desfez do dispositivo por engano em 2013, durante uma faxina em seu escritório. Ele ainda tem a senha do dispositivo, que é uma carteira de hardware com os 7.500 BTC. Em maio, durante a máxima do Bitcoin em US$ 64.000, os BTCs perdidos chegaram a valer US$ 2,5 bilhões.
Nem todas as histórias, porém, têm um final triste. Em janeiro um hacker recuperou um HD de 2011 com supostamente 1.500 Bitcoins e comemorou: “sou milionário”.
Por Lucas Caram