Bitcoin cai para US$ 100,9 mil nesta quinta-feira (06/11) e Ethereum lidera perdas entre as altcoins

Mercado cripto tem dia de queda generalizada, com liquidações, aversão ao risco global e recuo dos ETFs na B3.

O mercado de criptomoedas encerrou esta quinta-feira (06/11) em tom negativo, refletindo uma nova rodada de liquidações e o aumento da aversão ao risco global. As principais criptos, como Bitcoin (COIN:BTCUSD) e Ethereum (COIN:ETHUSD), acumularam perdas nas últimas 24 horas, enquanto altcoins de grande capitalização seguiram no vermelho. Investidores reduziram posições diante da incerteza sobre o futuro dos juros nos Estados Unidos e da volatilidade persistente nos mercados de renda variável.

Nas primeiras horas da manhã (horário de Brasília), o Bitcoin chegou a recuar brevemente abaixo de US$ 100 mil, reacendendo temores de uma correção mais profunda. Ao longo do dia, o ativo recuperou parte das perdas, mas encerrou a tarde cotado a US$ 100.994,30, em queda de 2,79%. As mínimas foram registradas em US$ 100.250,01, enquanto as máximas alcançaram US$ 104.217,00. Apesar da leve recuperação intradiária, a moeda digital ainda enfrenta resistência técnica próxima a US$ 104 mil.

Bitcoin Futuro (BMF:BITFUT) recua com volume moderado

Os contratos futuros de Bitcoin Futuro (BMF:BITX25) com vencimento em novembro de 2025 também fecharam no vermelho. A cotação final ficou em R$ 545.560,00, representando queda de 2,75% no dia. Durante o pregão, o ativo oscilou entre R$ 558.920,00 e R$ 542.540,00, refletindo o sentimento de cautela no mercado derivativo. A pressão vendedora predominou nas últimas horas de negociação, indicando que investidores seguem defensivos e atentos aos próximos indicadores macroeconômicos.

Ethereum (COIN:ETHUSD) recua 3,48% e mantém pressão sobre o mercado DeFi

O Ethereum (COIN:ETHUSD) teve desempenho ainda mais fraco, caindo 3,48% nas últimas 24 horas, para US$ 3.304,72. O ativo chegou a registrar mínima de US$ 3.244,15 e máxima de US$ 3.456,20. O enfraquecimento do Ethereum reflete a saída de capital de protocolos DeFi, que continuam sofrendo com menor volume de liquidez e com relatos de vulnerabilidades em contratos inteligentes. O ativo segue em uma faixa de consolidação técnica, com suporte próximo a US$ 3.250.

Nos derivativos da B3, o Ethereum Futuro (BMF:ETHX25) mostrou leve resistência, subindo 0,34%, para R$ 2.935,00, após abrir o dia em R$ 2.920,00. Mesmo com o ganho marginal, o volume foi baixo, refletindo a falta de convicção dos investidores em novas posições compradas.

Altcoins ampliam quedas e refletem busca por proteção

Entre as altcoins de maior capitalização, o cenário foi de correção generalizada. A Solana (COIN:SOLUSD) caiu 3,98%, para US$ 155,93, após tocar mínima em US$ 148,00, enquanto o contrato Solana Futuro (BMF:SOLX25) encerrou a R$ 156,57, em baixa de 3,55%. A Cardano (COIN:ADAUSD) recuou 3,70%, cotada a US$ 0,5251, e a Dogecoin (COIN:DOGEUSD) teve queda de 4,23%, fechando em US$ 0,1601. A Ripple (COIN:XRPUSD) foi a mais castigada do grupo, despencando 5,98%, cotada a US$ 2,20, testando novamente o piso técnico do mês.

A forte correção nas altcoins reflete a migração de capital para ativos mais seguros, com investidores reduzindo exposição a projetos de maior risco. Segundo analistas técnicos, o movimento indica que o mercado ainda busca um novo ponto de equilíbrio após a recente perda de suporte do Bitcoin.

ETFs de cripto na B3 acompanham o movimento global de queda

Na bolsa de valores brasileira (B3), os principais ETFs de cripto acompanharam o desempenho negativo do mercado internacional. O HASHDEX Nasdaq Crypto Index Fundo de Índice (BOV:HASH11) recuou 2,80%, fechando a R$ 74,36, após atingir mínima em R$ 73,88 e máxima em R$ 76,19. O QR CME CF Solana Dollar Reference Rate Fundo de Índice (BOV:QSOL11) caiu 3,65%, encerrando o pregão a R$ 10,30.

O Hashdex Ethereum Fundo de Índice (BOV:ETHE11) teve o pior desempenho do grupo, com queda de 3,94%, para R$ 51,44, acompanhando a fraqueza do Ethereum no mercado internacional.

Panorama e perspectivas

A queda generalizada no setor cripto ocorre em meio à alta volatilidade e à incerteza quanto ao próximo movimento do Federal Reserve. O mercado teme que a manutenção dos juros norte-americanos em níveis elevados prolongue o ciclo de correção dos ativos digitais. Analistas observam que o nível de US$ 100 mil para o Bitcoin é um suporte psicológico crítico, cuja perda sustentada poderia acelerar novas liquidações.

Apesar do tom negativo, o sentimento entre traders é de que o movimento de curto prazo pode abrir espaço para reacumulação, especialmente se o fluxo de capital institucional retornar aos ETFs de cripto nas próximas semanas.

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