A Paytm, empresa indiana de pagamentos digitais, está planejando arrecadar até 166 bilhões de rúpias (R$ 11,36 bilhões) em uma oferta pública inicial, de acordo com minutas apresentadas ao regulador de mercado do país na sexta-feira (16).
A Paytm emitirá novas ações no valor de 83 bilhões de rúpias e uma oferta de venda de outros 83 bilhões de rúpias pelos acionistas existentes, que incluem o SoftBank do Japão, o Ant Group da China e a Berkshire Hathaway.
Também está em negociações para realizar uma colocação pré-IPO de 20 bilhões de rúpias, o que reduziria o tamanho das novas ações emitidas.
A empresa sediada em Noida disse que usaria os recursos do IPO para crescer e fortalecer seu ecossistema de pagamentos, bem como investir em novas iniciativas de negócios, aquisições e parcerias.
O Paytm começou em 2009 como uma plataforma que permitia aos indianos pagar suas contas e recarregar seus planos de celular. Mais de uma década depois, a startup se tornou um nome onipresente no espaço de pagamentos digitais da Índia, à medida que milhões usam o serviço para pagar coisas, incluindo contas de serviços públicos, mantimentos, recarga de conexões de celular e compra de ingressos de cinema. Paytm também é um banco digital totalmente licenciado e lançou seguros, gestão de fortunas, bem como serviços comerciais e na nuvem.
No entanto, ele enfrenta uma forte concorrência por participação de mercado de rivais com muito dinheiro, como o Google Pay, o PhonePe do Walmart e o serviço de mensagens WhatsApp do Facebook, que permite aos usuários enviar dinheiro por meio do aplicativo. A Paytm disse que tinha cerca de 333 milhões de usuários em 31 de março.
Para o ano encerrado em 31 de março, a One97 Communications, dona da Paytm, registrou prejuízo de 16,96 bilhões de rúpias (R$ 1,16 bilhão) – uma ligeira melhora em relação à perda de 28,42 bilhões de rúpias (R$ 1,94 bilhão) no ano anterior. A receita caiu quase 15%, para 28,02 bilhões de rúpias (R$ 1,92 bilhão), de acordo com o prospecto.
A Paytm não é a única startup de tecnologia indiana que está prestes a entrar no mercado público. A empresa de entrega de alimentos Zomato entrou com pedido de IPO no início deste ano, enquanto os relatórios dizem que a empresa Ola e o gigante do comércio eletrônico Flipkart estão explorando opções de listagem.
Um investidor de capital de risco disse anteriormente que 2021 seria “o prenúncio de uma nova era para o ecossistema indiano de startups”, com uma série de IPOs significativos por vir.