A Simpar informou que sua controlada CS Brasil aprovou, em assembleia geral extraordinária realizada hoje, sua cisão parcial e a incorporação pela Movida (também controlada da Simpar).
O fato relevante foi feito pela empresa (BOV:SIMH3) nesta segunda-feira (26).Confira o comunicado na íntegra.
Na visão das companhias, esse fato evidencia a qualidade e o valor da Reorganização proposta. Como resultado da Reorganização, o capital social da Movida (BOV:MOVI3) é aumentado no montante de R$ 583.480.271,00, mediante a emissão de 63.381.072 novas ações ordinárias, nominativas, escriturais e sem valor nominal da Companhia, subscritas pelos administradores da CS Participações, por conta da SIMPAR (que é a única acionista da CS Participações), e integralizadas com a totalidade ações da CS Participações, nos termos do Protocolo e Justificação.
Assim, a CS Participações tornar-se uma subsidiária integral da Movida, o que também confere à Movida o controle indireto da CS Brasil Frotas, uma empresa líder no ramo de locação de veículos automotores leves sem condutor para clientes do setor público ou sociedades de economia mista.
Após a Reorganização, a Movida passará a atuar no setor de GTF Leves Público e se tornará a 2ª maior companhia de GTF Leves do Brasil, concluindo a incorporação de um ativo que combina escala e rentabilidade, além de reduzir a alavancagem da Movida e aumentar a capacidade de investimento da empresa combinada.
A Reorganização contempla diversas sinergias operacionais e financeiras, dentre as quais, maior rentabilidade na revenda de veículos; maior flexibilidade de alocação de frota; diluição de gastos fixos englobando sinergias das oficinas afiliadas, bases operacionais e despesas administrativas; melhora geral do perfil de crédito da companhia combinada; aumento do poder de barganha junto aos fornecedores; e combinação do alto nível de governança da CS Participações, voltada para o setor público, que se soma à governança já existente na Movida com foco no setor privado, que configuram vantagens competitivas e minimizam riscos, melhorando a competitividade e aumento do ROIC (return on invested capital) da companhia combinada.
Conforme disposto no respectivo Protocolo e Justificação da Incorporação de Ações, no contexto da Reorganização foi igualmente aprovada a celebração de aditamento ao Acordo Comercial e Outras Avenças por meio do qual a Movida passa a estar habilitada a atuar no mercado de GTF Leves Público, o qual era explorado pela CS Frotas no âmbito do Grupo SIMPAR.
Como a celebração de tal instrumento constituía condição precedente à sua aprovação, as companhias informam que a Incorporação de Ações poderá, consequentemente, ser implementada uma vez findo o período de direito de recesso.
A Movida divulgará oportunamente aos seus acionistas, por meio de aviso aos acionistas, informações relativas ao direito de recesso dos acionistas dissidentes da Incorporação de Ações, incluindo prazos e informações para o seu exercício.
A Simpar pretende divulgar os resultados do 2T21 no dia 12 de agosto.
Segundo os analistas Victor Mizusaki e Wellington Lourenço, o negócio permitirá que a empresa acelere seu ritmo de crescimento em um momento em que as montadoras estão lutando com a escassez de semicondutores.
“Além disso, a aprovação unânime dos acionistas minoritários confirmou o forte compromisso do acionista controlador com o fortalecimento da governança corporativa”, apontam.
Eles também ressaltam que a ação está com um “desconto excessivo” de 49% sobre a média do setor de locação de veículos, considerando o preço sobre o lucro esperado para 2022.
Lucro líquido de R$ 203,8 milhões no primeiro trimestre, alta de 145%
O Grupo Simpar, voltado para locação de carros e logística, registrou um lucro líquido ajustado de R$ 203,8 milhões no primeiro trimestre de 2021, o que representa um crescimento de 145% na comparação com o mesmo período do ano passado e uma retração de 5,2% em relação ao quarto trimestre.
A companhia apurou receita líquida de R$ 2,6 bilhões, crescimento de 11,2% ante o mesmo intervalo de 2020. Do total, R$ 2,2 bilhão são referentes à venda de serviços, que avançaram 30,3% no comparativo anual, e R$ 391 milhões relacionados à venda de ativos, com redução de 39,5% no mesmo período de análise.
O Ebitda – lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização – ajustado foi de R$ 733,7 milhões nos primeiros três meses deste ano, número 30,6% acima do reportado no primeiro trimestre de 2020 e 4,8% maior que o do trimestre passado.