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Três maneiras de ler o mercado

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Depois de muita tentativa e erro, depois das tantas histórias contadas à beira da fogueira e depois dos intermináveis sermões dominicais, hoje sabemos que existem pelo menos três grandes maneiras de se interpretar o mundo à nossa volta.

1) Por meio da ciência.

2) Por meio das narrativas.

3) Por meio dos valores morais.

Essas maneiras coexistem, de modo que nenhuma delas é completa o bastante para explicar o mundo por si só.

Por corolário, sendo o mundo financeiro um subconjunto do “mundo véio sem portêra”, também aquele pode ser interpretado de acordo com a tríade.

Contudo, fica o alerta de que a terça parte escolhida faz muita diferença sobre os resultados alcançados, dada a distância medida entre respectivos graus de maturação.

Por exemplo: a interpretação estritamente científica dos mercados já alcançou um alto grau de maturação.

Embora sempre válido — e até mesmo necessário — do ponto de vista educacional, o domínio cognitivo das teorias financeiras e de seus modelos quantitativos não representa mais um diferencial prático para os ganhadores de dinheiro.

Em outros termos, diríamos que as oportunidades de arbitragem científica foram equilibradas em torno da média, graças à crescente proficiência técnica do mercado.

Você pode — e deve — ler Benjamin Graham para se educar e se aculturar, mas “O Investidor Inteligente” não vai transformá-lo em milionário.

Já as outras duas maneiras de interpretar o mundo sofrem de um problema contrário, derivado de sua (talvez eterna) imaturidade.

Na ausência de instrumentos claros de sistematização, é mais difícil se educar sobre a dinâmica das narrativas e da valoração moral. Porém, é justamente desses dois arcabouços que surgem as maiores oportunidades de lucro.

Como acessar essas oportunidades? Como enxergá-las?

Sem poder contar com a educação formal, resta-nos recorrer à sabedoria tácita contida nos atalhos heurísticos.

Para a leitura de assimetrias vantajosas em meio ao jogo narrativo, temos que ficar especialmente atentos à troca de enredos.

Aqui, por exemplo, ainda continua valendo, mas não é mais o melhor momento para se investir na história da reabertura econômica.

A nova narrativa é política, e já está grávida da narrativa eleitoral.

Lá fora, a história do Risco China ganha corpo outra vez, mas não há como saber se é o início de uma marolinha ou de um tsunami.

Acerca dos valores morais, só conseguimos mirar uma turva hierarquia de tendências de longo prazo, sem jamais identificar seu timing.

Os princípios do ESG já são debatidos no mercado há pelo menos uns 50 anos, mas — como diria Victor Hugo — nada é mais forte do que uma ideia cujo tempo é chegado.

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