A companhia aérea Azul registrou um lucro líquido de R$ 1,16 bilhão no segundo trimestre de 2021, revertendo o resultado negativo de R$ 3,14 bilhões em igual período de 2020.
A receita operacional totalizou R$1,7 bilhão, crescimento de 323,9% na comparação com igual trimestre de 2020. Já contra o mesmo período em 2019, a receita representou queda de 35% devido à redução da demanda por conta da pandemia do COVID-19.
A receita de passageiros aumentou 401,7% ano contra ano, mostrando uma clara recuperação da demanda principalmente após a aceleração da vacinação no Brasil.
Receitas e de cargas tiveram crescimento de 139,3%, totalizando R$ 284,9 milhões no 2T21, principalmente devido ao aumento de 137,2% na receita líquida de cargas, relacionada à forte demanda em nossas soluções logísticas sustentadas por nossa malha doméstica e internacional
O Ebitda – lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização – ajustado foi negativo no segundo trimestre, de R$ 50,9 milhões, ante resultado também negativo em igual período de 2020 de R$ 324,3 milhões. Com isso, a margem Ebitda ajustada foi negativa em 3%, ante margem negativa de 80,8% um ano antes.
No geral, o resultado foi sustentado por efeitos não recorrentes, mas contou com a ajuda de uma retomada dos níveis de demanda — embora ainda inferiores ao pré-pandemia.
A Azul registrou um ganho não-monetário em moeda estrangeira de R$ 2,3 bilhões no período, principalmente devido à apreciação do real em relação ao dólar, resultando em uma diminuição nas dívidas denominadas em moeda estrangeira.
A Azul encerrou o trimestre com um recorde de R$ 5,5 bilhões de liquidez imediata, incluindo caixa, equivalentes de caixa, investimentos e recebíveis de curto prazo. Isto representa 90,4% da receita dos últimos doze meses. Nesse valor não incluímos partes e peças ou outros ativos livres como nossas unidades de negócios TudoAzul e Azul Cargo. Não temos pagamentos significativos de dívidas para os próximos dois anos, e também não temos caixa restrito.
A dívida bruta total aumentou 5,1% ou R$ 995,5 milhões comparada com 31 de março de 2021, principalmente devido à captação de R$ 3 bilhões no 2T21 parcialmente compensado pela apreciação de 12,2% do real em relação ao dólar norte-americano no fim do período e ao pagamento de arrendamentos e passivos durante o trimestre.
A Azul encerrou o trimestre com uma liquidez total de R$ 8,225 bilhões, alta de 31% na comparação com o primeiro trimestre deste ano e avanço de 45,5% contra igual trimestre de 2020. A dívida líquida (excluindo debêntures conversíveis) fechou em R$ 13,84 bilhões, queda de 7,6% contra o trimestre imediatamente anterior e recuo de 12,7% ante igual período de 2020.
Em 30 de junho de 2021, o prazo médio da dívida da Azul, excluindo passivos de arrendamento de aeronaves, era de 3,4 anos com um custo médio de 6,6%. O custo médio das obrigações em dólares e em reais foi de 7,2% e 6,4%, respectivamente.
Os investimentos totalizaram R$ 132,0 milhões no 2T21, comparado com R$ 58,9 milhões no 2T20, principalmente devido a eventos de manutenção de motor e à aquisição de peças e motores no trimestre, preparando a frota para o segundo semestre do ano. Os investimentos no 2T19 foram de R$ 365,3 milhões.
Em 30 de junho de 2021, a Azul possuía uma frota operacional de 161 aeronaves de passageiros e uma frota contratual de 178 aeronaves de passageiros, com idade média de 6,8 anos (excluindo Azul Conecta). As 17 aeronaves não incluídas em nossa frota operacional consistem em 11 aeronaves subarrendadas para a TAP, 3 para a Breeze, 1 para Minas Gerais e 2 em processo de saída da frota.
Os resultados da Azul (BOV:AZUL4) referentes às suas operações do segundo trimestre de 2021 foram divulgados no dia 12/08/2021. Confira o Press release na íntegra!