Os preços dos contratos futuros de petróleo fecharam o dia em queda, com o WTI em baixa superior a 2% com as preocupações de que a variante Delta do coronavírus limite a demanda mundial. Além disso, o dólar forte afugentou a maioria dos compradores.
A queda nas cotações se estendeu desde à hora do almoço, quando os Estados Unidos anunciaram que aplicarão doses de reforço nos norte-americanos acima de 18 anos que tomaram vacinas da Pfizer e da Moderna a partir de 20 de setembro em uma tentativa de aumentar a proteção das pessoas contra variantes do coronavírus, especialmente a Delta, que é bem mais contagiosa e se tornou dominante no país.
No início da manhã, as cotações chegaram a subir mais de 1%, mas após a divulgação de dados de estoque nos Estados Unidos, passaram a oscilar entre perdas e ganhos. De acordo com o Departamento de Energia norte-americano, as reservas de petróleo do país baixaram em 3,2 milhões de barris na semana encerrada em 13 de agosto. A projeção da Dow Jones indicava queda bem menor, de 1,3 milhão para o período.
Os estoques de gasolina, no entanto, caíram três vezes menos do que o esperado, em 700 mil barris, ajudando a alimentar preocupações sobre a demanda por combustíveis em um momento no qual os Estados Unidos e vários lugares no mundo lidam com a variante Delta.
“Um aumento nos estoques é muito pouco bem vindo no momento, já que a demanda está sob ameaça. Isso, junto ao fortalecimento do dólar que se acelerou em meio a discussões de que o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) pode limitar a compra de ativos, afugentam os compradores”, afirma o analista da FX Empire, Christopher Lewis.
Assim, o preço do contrato do petróleo WTI negociado na Nymex com entrega para setembro caiu 2,16%, cotado a US$ 65,46 o barril. Já o preço do contrato do Brent negociado na plataforma ICE, com entrega para outubro recuou 1,59%, cotado a US$ 68,23 o barril.