A Bluefit, segunda maior rede de academias do país, decidiu interromper sua oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) por até 60 dias. Em nota enviada à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) na segunda-feira, 27, a companhia disse que a interrupção ocorreu por conta das atuais condições de volatilidade de mercado.
Logo após a estreia movimentada da concorrente Smartfit na B3, em julho deste ano, a Bluefit tentou pegar carona no interesse dos investidores, mas não teve o mesmo retorno.
Segundo informações do jornal O Estado de S. Paulo, nem mesmo um desconto de 20% em relação à faixa inicialmente estimada de preço por ação, de R$ 12,25 a R$ 15,25, fez com que a companhia continuasse com a operação. Fontes ouvidas pelo jornal disseram que agora o IPO deverá envolver apenas investidores profissionais, por meio da Instrução nº 476 da CVM, conhecida como oferta restrita.
De acordo com a Bluefit, os recursos da tranche primária seriam utilizados para seu crescimento orgânico por meio de abertura de filiais no Brasil, além de mirar na aquisição de franquias.
Até junho de 2021, a companhia tinha 102 unidades em operação (61 próprias e 41 franquias) e 33 pontos com contratos assinados.
No ano passado, a empresa registrou queda de 45% em sua receita líquida, para R$ 64 milhões. Ela associou o desempenho à crise sanitária no Brasil em decorrência da pandemia de Covid-19.
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