O dólar comercial fechou em R$ 5,3030, com alta de 0,32%. Esta valorização da moeda norte-americana deve-se ao presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), Jerome Powell, ter deixado as portas abertas para o tapering (remoção de estímulos) iniciar já na próxima reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês), em novembro.
Segundo o head de renda variável da Valor Investimentos, Pedro Lang, “o mercado está recebendo bem as notícias dos Estados Unidos”. “O Fed está consciente que a inflação é transitória e vai dar continuidade à sua política fiscal”, opina o analista, que diz duvidar que a instituição americana dê um “cavalo de pau”.
Lang ainda acredita que no caso de países emergentes, como o Brasil, a continuidade da injeção de liquidez – além dos juros baixos -, na economia norte-americana, é algo positivo: “isso continua premiando o risco de investir na nossa economia, pois temos juros convidativos”, pontua.
De acordo com o economista-chefe da Necton, André Prefeito, “isso (o câmbio) pode ser uma leitura de que o Fomc pode ter uma fala mais clara sobre o início do tapering (remoção de estímulos), e por outro lado os juros brasileiros devem subir abaixo do que o mercado esperava há duas semanas. Essa somatória pode fazer com que o dólar ganhe força”.
Perfeito também acredita que algo for encaminhado na questão dos precatórios, pode aliviar principalmente os juros mais longos.
Para o analista da Levante, Enrico Cozzolino, “o dólar deve continuar fraco pelos estímulos que provavelmente serão mantidos nos Estados Unidos. A surpresa seria se o tapering começar depois do previsto”. Neste caso, a moeda norte-americana seria afetada negativamente.
“A não ser que ocorram surpresas nos Estados Unidos, o dólar futuro deve operar abaixo dos R$ 5,280”, pontua o analista.
O mercado também não aguarda surpresas para a reunião do Copom, já que o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, já deu a entender, na última semana, que o aumento da Selic (taxa básica de juros) deve ser de 1 ponto percentual.
Já com os precatórios, o desafio é outro: “Agora é preciso entender como isso será pago, como irão costurar este acordo”, pontua Cozzolino. Ainda existem muitas dúvidas que pairam sobre os termos desta negociação.
Acompanhe as altas e baixas do dólar nos últimos dias:
Data | Compra | Venda | Variação | Variação |
02/09/2021 | 5,1827 | 5,1832 | -0,033% | -0,0017% |
03/09/2021 | 5,184 | 5,1845 | 0,025% | 0,0013% |
06/09/2021 | 5,1762 | 5,1767 | -0,15% | -0,0078 |
08/09/2021 | 5,3251 | 5,3261 | 2,886% | 0,1494 |
09/09/2021 | 5,2258 | 5,2273 | -1,855% | -0,0988 |
10/09/2021 | 5,266 | 5,267 | 0,761% | 0,0398% |
13/09/2021 | 5,2231 | 5,2236 | -0,826% | -0,0435 |
14/09/2021 | 5,2568 | 5,2573 | 0,645% | 0,0337 |
15/09/2021 | 5,2365 | 5,2375 | -0,377% | -0,0198 |
16/09/2021 | 5,2645 | 5,2655 | 0,535% | 0,028% |
17/09/2021 | 5,2816 | 5,2821 | 0,325% | 0,0171% |
20/09/2021 | 5,3507 | 5,3517 | 1,318% | 0,0696% |
21/09/2021 | 5,2858 | 5,2863 | -0,842% | -0,0449% |
22/09/2021 | 5,3031 | 5,3041 | 0,337% | 0,0178 |
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