ADVFN Logo ADVFN

Não encontramos resultados para:
Verifique se escreveu corretamente ou tente ampliar sua busca.

Tendências Agora

Rankings

Parece que você não está logado.
Clique no botão abaixo para fazer login e ver seu histórico recente.

Hot Features

Registration Strip Icon for discussion Cadastre-se para interagir em nossos fóruns de ativos e discutir com investidores ideias semelhantes.

Ambev (ABEV3): lucro líquido de R$ 3,71 bilhões, em alta de 57,4%

LinkedIn

A cervejaria Ambev registrou lucro líquido de R$ 3,71 bilhões no terceiro trimestre de 2021, em alta de 57,4% sobre o lucro líquido de R$ 2,35 bilhões apurado no terceiro trimestre de 2020.

Segundo a companhia, o resultado se deve ao o forte desempenho comercial, atingindo os maiores volumes consolidados já registrados em um terceiro trimestre, resultando em forte crescimento da receita líquida.

A receita líquida, por sua vez, totalizou R$ 18,492 bilhões, o que representa um crescimento de 18,5% (reportado) e de 20,8% (orgânico).

Segundo a empresa, houve um crescimento da receita líquida por hectolitro (ROL/hl) de 12,1%, impulsionada pelo desempenho do volume. A receita líquida cresceu 17,1% no Brasil, 20,4% na América Central e Caribe (CAC), 54,5% na América Latina Sul (LAS).

Ebitda – lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização – cresceu 7,8% na comparação com igual etapa de 2020, totalizando R$ 5,468 bilhões. Já a margem Ebitda ajustado alcançou 29,6% no 3º trimestre de 2021, alta de 2,9 p.p. na comparação com igual trimestre de 2020.

A margem bruta da companhia foi de 50% entre julho e setembro de 2021, baixa de 2,4 pontos percentuais.

O volume de bebidas produzido no terceiro trimestre foi o mais alto já registrado pela companhia para um terceiro trimestre, de 45,6 milhões de hectolitros, em alta de 7,7% sobre os 42,3 milhões de hectolitros do mesmo período de 2020.

Em seu release financeiro, a administração destaca que o M=momentum comercial se manteve impulsionado pela recuperação da covid-19 e pela consistente estratégia comercial.

“A Ambev apresentou outro forte desempenho comercial no terceiro trimestre, atingindo os maiores volumes consolidados já registrados em um terceiro trimestre, entregando forte crescimento da receita líquida com alta de 20,8% sobre bases comparáveis desafiadoras do terceiro trimestre de 2020, e 42,9% quando comparado ao terceiro trimestre de 2019. Nossos volumes seguiram crescendo 7,7% contra igual etapa do ano passado e 20,8% ante o mesmo período de 2019, com 8 dos nossos 10 principais mercados já crescendo acima dos números de 2019”, destaca.

A empresa ressalta que a ROL/hl cresceu 12,1% impulsionada por iniciativas de premiumização, inovação e gestão de receitas.

Os resultados da Ambev (BOV:ABEV3) referentes às suas operações do terceiro trimestre de 2021 foram divulgados no dia 28/10/2021. Confira o Press release na íntegra!

Teleconferência

O presidente da Ambev, Jean Jereissati, está confiante de que a companhia seguirá ganhando participação de mercado. No Brasil, o volume de cervejas da companhia cresceu 7,5% no terceiro trimestre. A concorrente Heineken viu seus volumes no país recuarem mais de 10%.

“Estamos ganhando muita participação de mercado, não é pouco”, disse o executivo. Ele cita, entre as contribuições para esse avanço, o segmento core plus e o premium. Segundo a empresa, mais de 20% da receita de cervejas no país vêm de inovação (lançamentos) e os rótulos mais caros crescem dois dígitos.

“Não é só a concorrência, estamos de fato aumentando nosso alcance.” Para Jereissati, o mercado brasileiro sempre foi muito competitivo e deve continuar assim, mas o executivo vê o cenário concorrencial favorecendo mais a Ambev.

Questionado sobre a estratégia da Heineken de desinvestir nos rótulos econômicos e focar nas marcas principais e premium, Jereissati afirmou não ser possível definir se esse movimento do concorrente é por causa do avanço das marcas da Ambev nesse segmento. Segundo a empresa, Skol, Brahma e Antarctica estão mostrando recuperação.

“Nosso planejamento é muito estrutural. Quando olhamos para a concorrência, com os dois principais produzindo abaixo de 2019, não me parece ser restrição [de demanda e capacidade]. Os clientes estão aí para comprar. Sinto que nós é que estamos sendo mais atraentes”, disse.

 “Me pergunto se é de fato um aumento ou só uma reposição, uma atualização da capacidade.” Ainda sobre os concorrentes, Jereissati afirmou ter dúvidas sobre os investimentos em aumento de capacidade.

Reajustes

Os reajustes anunciados para as cervejas da Ambev neste mês não devem ter um impacto tão grande para os volumes, ao menos foi o que sugeriu o presidente da companhia.

“Estamos vendo a ocasião fora de casa ganhando tração de maneira muito mais rápida do que esperávamos. O mix com as garrafas retornáveis também está crescendo mais rápido do que esperávamos, ficando acima de 2019, inclusive.” Segundo ele, o consumo fora de casa, por exemplo, está em ritmo de recuperação muito mais acelerado do que a empresa esperava.

Ainda de acordo com o executivo, a companhia está melhor do que era esperado, mas o cenário macroeconômico a levou a um reajuste “com base no que o consumidor pode pagar”, para que a cerveja continuasse “competitiva” na cesta de compras. Segundo ele, a inflação é seguida, mas, no cálculo, entram também ferramentas de redução de custos, melhora de mix, canais e inovação.

“Continuamos muito otimistas com o consumo per capita”, disse, destacando que os níveis de consumo são diferentes em cada região e há oportunidades de crescimento em mais lugares.

Resultados 

Os resultados da Ambev no terceiro trimestre superaram as expectativas do mercado e também surpreenderam a administração da companhia, segundo Jereissati.

“Estou confiante de que nosso Ebitda nominal ajustado voltará aos níveis de 2019, talvez até acima, nos posicionando para um 2022 melhor”, disse ele na teleconferência de resultados.

O diretor financeiro também destacou que a remuneração por resultados, que ampliou a linha de despesas da companhia, deve permanecer conforme o desempenho da Ambev continue melhorando. Ainda assim, destaca ele, retirando esse fator, “as despesas gerais estão crescendo abaixo da inflação”.

“A liquidez permanece sólida, dada a forte geração de caixa. Mas o ambiente permanece incerto e volátil e por isso seguimos prudentes”, disse Lira, acrescentando ser preciso olhar além das margens e também focar no retorno.

VISÃO DO MERCADO

Ativa Investimentos

O avanço do segmento premium e ações de inovação adotadas pela Ambev foram pontos positivos destacados pela equipe da Ativa Investimentos, que também considerou o aumento de volumes forte.

“Ambev apresentou um bom top-line, acima de nossas expectativas, registrando crescimento de 18,5% na base anual na receita líquida e ficando 10% acima das projeções da Ativa”, escreve a equipe de analistas.

Apesar disso, a margem bruta da companhia ficou pressionada e abaixo das projeções da Ativa, “em razão da já esperada pressão inflacionária exercida pelas commodities e a alta do câmbio”.

Já o lucro líquido ficou 4,9 pontos percentuais acima das estimativas, beneficiado pela receita financeira sem efeito caixa de R$ 251 milhões decorrente da adoção de novas normas de contabilidade e pelo reconhecimento da reversão do Imposto de Renda e Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), destaca o relatório.

Ativa tem recomendação neutra com preço-alvo de R$ 17,80.

Bradesco BBI

O Bradesco BBI destacou que os resultados da Ambev vieram muito fortes destacando, em relatório antes da abertura da Bolsa, já esperar uma reação positiva das ações por conta deste resultado. Isso porque o Ebitda ficou 8% acima do consenso e a empresa reportou um crescimento do volume de cerveja brasileira de 7%.

O Bradesco BBI mantém avaliação outperform para ações e preço-alvo de R$ 21,00, frente à cotação de quarta-feira (27) de R$ 15,22. O Credit Suisse também mantém avaliação outperform para os papéis da Ambev (ABEV3), com preço-alvo de R$ 18,50.

BTG Pactual 

O ganho de mercado da Ambev pode fortalecer a empresa para aumentar os parâmetros de preços e recuperar as margens? É o que questiona a equipe do BTG Pactual, que “por enquanto”, segundo seu relatório”, prefere manter a recomendação neutra para o papel da cervejaria, com preço-alvo de R$ 16.

O banco destacou que a companhia surpreendeu com Ebitda (sigla em inglês para resultado, antes de juros, impostos, depreciação e amortização) maiores do que os estimados. “A Ambev registrou um trimestre para se lembrar.”

“A continuidade do forte desempenho de receita da Ambev no Brasil tem dois aspectos que nos impressionam: o quão forte parece ter sido o desempenho da indústria de cerveja à medida que os ventos favoráveis diminuíam; e quanta participação de mercado a Ambev parece ter ganho.”

Segundo os analistas, a inovação (produtos novos) obviamente tem um papel importante, representando mais de 20% das vendas e fomentando novas ocasiões de consumo, mas a empresa se beneficiou da queda de volumes da Heineken e das restrições geradas pelas mudanças no contrato de distribuição entre o grupo holandês e as engarrafadoras do Sistema Coca-Cola.

Na avaliação do banco, à medida que a concorrência muda para um novo modelo de distribuição e a capacidade da indústria só está começando a voltar gradualmente, a Ambev está aproveitando a oportunidade para recuperar espaço em marcas principais que ficaram para trás por vários anos, “mesmo que à custa da lucratividade”. “Supondo que iniciativas comerciais como o BEES e o Zé sejam tão promissoras quanto parecem, a Ambev poderia sair dessa mais forte do que antes”, escrevem.

Mas, para eles, ainda parece haver um caráter transitório em tudo isso e o banco questiona se a Ambev conseguirá “reacender o poder de precificação e recuperar as margens (unitárias ou percentuais) de modo que permita que o desempenho da receita flua para os resultados financeiros”.

BTG Pactual mantém recomendação neutra com preço-alvo de R$ 16,00…

Credit Suisse

Já o Credit Suisse classificou como estrelar o desempenho de vendas da companhia no trimestre.

“A Ambev mais uma vez superou as vendas de uma execução de vendas de alto nível, o que permitiu que seus volumes atingissem o nível recorde no trimestre, ainda mais impressionante considerando as comparações difíceis do ano passado”, afirma o banco suíço.

Itaú BBA

O Itaú BBA também ressaltou que o principal destaque foi o forte desempenho de volume do segmento de cerveja no Brasil.

Por outro lado, o banco destacou que as margens ainda estão defasadas, apesar da significativa alavancagem operacional que provavelmente acompanharia esse grau de crescimento de volume.

Itaú BBA mantém recomendação de compra com preço-alvo de R$ 19,50.

Morgan Stanley

O Morgan destaca que segue com visão cautelosa para a ação, com recomendação de venda e preço-alvo de R$ 13, mas aponta que o balanço colocou a equipe a pensar sobre as estimativas à frente, notoriamente sobre o ganho de participação de mercado da companhia.

“Temos sido mais cautelosos com a Ambev, em parte devido à nossa expectativa de que a concorrência possa se intensificar em 2022, à medida que a Heineken reduz suas restrições de capacidade. No entanto, esse forte desempenho hoje nos faz pensar se as marcas de Petrópolis (o terceiro maior player do setor Brasil) foram estruturalmente prejudicadas”, apontaram.

XP Investimentos

A XP ressalta que a AmBev entregou outro trimestre com forte crescimento de receita, embora câmbio e preços altos das commodities ainda pressionem as margens, como esperado.

“Fomos surpreendidos por um crescimento de 7,7% na comparação anual nos volumes consolidados, principalmente devido a um desempenho melhor do que o esperado em Cerveja Brasil (+9% na base anual), o que consideramos positivo dada a base de comparação mais difícil”, avaliam os analistas.

Eles apontam que oito dos dez principais mercados da AmBev já estão crescendo acima do terceiro trimestre de 2019.

As pressões de custos, no entanto, permanecem presentes e as margens caíram para o segundo menor nível já registrado (margem Ebitda ajustada de 29,6%). Contudo, os analistas da XP reiteraram recomendação de compra pois acreditam que a empresa está superando seus concorrentes e está melhor posicionada para uma recuperação do setor.

Até os mais céticos com o papel passaram a trazer algumas dúvidas sobre as suas perspectivas para a companhia a partir dos números divulgados para o período.

XP mantém recomendação de compra com preço-alvo de R$ 20,00…

* Com informações da ADVFN, RI das empresas, Valor, Infomoney, Estadão, Reuters

Deixe um comentário