O dólar comercial fechou em R$ 5,5370, com alta de 0,38%. Essa elevação é resultado das incertezas fiscais internas e ineficácia das operações de swap cambial feitas pelo Banco Central (BC), além da escalada global da inflação.
Segundo a equipe da Ouro Preto Investimentos, “o petróleo subindo pressiona a inflação e desacelera a recuperação econômica nos Estados Unidos”. Na análise da empresa, isso gera desconfiança quanto ao reaquecimento da economia norte-americana.
Na análise da Ouro Preto, as operações de swap extraordinárias, que no começo surtiam efeito na desvalorização do real ante o dólar, hoje tomaram outra direção: “É consenso no mercado que o Banco Central está fazendo isso para segurar a inflação e juros, e não para a rolagem cambial”. Isso, de acordo com a análise da companhia, é visto como uma medida que já visa as eleições de 2022.
“O mercado entende que o Banco Central está pensando muito mais em política do que em política monetária. Ele (o BC) está perdendo credibilidade”, avalia a Ouro Preto.
Para o head de tesouraria do Travelex Bank, Marcos Weigt, “o mercado está esperando alguma resolução para os problemas fiscais, o prêmio de risco subiu bastante no Brasil”.
Weigt, porém, não vê uma melhora em curto prazo: “a discussão sobre a saída do (ministro da Economia) Paulo Guedes só atrapalha”, pontua. Para ele, os leilões de swap cambial feitos pelo Banco Central (BC) tiram um pouco da pressão sobre o câmbio.
Por outro lado, a inflação global é outro fator determinante neste comportamento de aversão ao risco: “O gás natural e o petróleo estão muito pressionados, e isso é ruim para os emergentes”, pontua Weigt.
De acordo com boletim matinal da Ajax Capital, “uma eventual piora na inflação global, e crescimento das economias desenvolvidas desacelerando, podem se refletir em uma pressão negativa nas margens de lucro das empresas, levando a uma performance mais fraca dos ativos de risco global”.
Já no âmbito interno, o risco da quebra do teto orçamentário é visto com preocupação, já que o governo estudar acionar a cláusula de calamidade pública, aprovada na Proposta de Emenda à Constituição (PEC) Emergencial, com o objetivo de prorrogar o Auxílio Emergencial. “Prêmios de risco devem continuar elevados. Espera-se uma abertura mais fraca para bolsa, e de alta aos mercados de dólar e juros”, avalia a Ajax Capital.
Acompanhe as altas e baixas do dólar nos últimos dias:
Data | Compra | Venda | Variação | Variação |
04/10/2021 | 5,446 | 5,4464 | 1,442% | 0,0774 |
06/10/2021 | 5,4856 | 5,4861 | 0,018% | 0,001 |
07/10/2021 | 5,5164 | 5,5174 | 0,571% | 0,0313 |
08/10/2021 | 5,5151 | 5,5161 | -0,024% | -0,0013 |
11/10/2021 | 5,5366 | 5,5371 | 0,381% | 0,021 |
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