A Moody’s elevou o rating corporativo da Usiminas, de “Ba3” para “Ba2”. Ao mesmo tempo, atualizou o rating de notas sêniores sem garantia de ativos reais de US$ 750 milhões com vencimento em 2026, emitidas pela subsidiária Usiminas International. As perspectivas para as classificações são estáveis.
O comunicado foi feito pela empresa (BOV:USIM5) nesta quarta-feira (17).
Em relatório, a Moody’s aponta que a elevação dos ratings aconteceu por conta do fortalecimento da posição de liquidez da siderúrgica e índices de alavancagem observados desde o início do ano. Esses fatores deixam a empresa mais preparada para suportar a volatilidade futura nas operações e mitiga os riscos associados aos investimentos.
“As condições favoráveis da indústria para aço e minério de ferro durante 2021 levaram a Usiminas a ter caixa líquido no segundo trimestre deste ano, devido a uma geração de fluxo de caixa livre acumulada de R$ 3,4 bilhões desde outubro de 2020”, destaca.
A alavancagem bruta ajustada da companhia também caiu para o menor nível histórico de 0,7 vez nos últimos 12 meses encerrados em setembro deste ano.
Outro ponto levantado pela Moody’s é o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, em português) consolidado da Usiminas, que aumentou para R$ 10,3 bilhões durante o terceiro trimestre, suportado por preços mais altos do aço no Brasil, além de outros fatores.
Para 2022, a agência de classificação de risco espera que os preços domésticos de aço laminado quente (BQ) e do minério de ferro 62% Fe do Brasil moderem, mas permaneçam acima das médias históricas.
Esses níveis de preços, combinados com um ambiente de demanda ainda favorável por aço no país, se traduzirão em um Ebitda ainda forte e geração de caixa para a siderúrgica, o que apoiará maior acúmulo de caixa antes dos investimentos e as necessidades de capital de giro associadas em 2022 e 2023.
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