Mercado financeiro chacoalhou após a fala do presidente do Branco Central Americano. Confira os estudos dos analistas para o mercado pós FOMC.
Gabriel Fauth
Ontem na comitiva de imprensa o Diretor do FED, J. Powell, deixou muitas incertezas na cabeça do investidor ao fazer nenhuma sinalização precisa sobre a política monetária dos EUA.
É notório que o mercado estava com altas expectativas para com essa reunião, e já vinha sentindo um FED “amigo do mercado”, deixando sempre claro como seria a retirada de estímulos da economia, e bem por isso tivemos um fenômeno de dip buying após as perdas da semana passada, causadas pela tensão Geopolítica.
Mas aparentemente os investidores terão que lidar com múltiplos cenários de incerteza, tendo em vista que Powell não deixou 100% claro se em março haverá retomada de juros justamente por estar vendo níveis de emprego recordes, embora a fala do presidente deu tom de medo da inflação, afirmando que o FED tomará as medidas necessárias para conter uma inflação que saia do “cenário base”.
O mercado que esperava uma certeza de que março haveria alta de juros, poderia se programar para trabalhar nessas condições. Agora o cenário de incerteza paira no ar. Além de rumores de uma potencial alta de 0,5% invés de 0,25, o que é visto como desesperado e desastroso.
As condições apropriadas são um aumento da inflação e um recuo dos empregos, uma vez que o FED não quer arruinar os níveis recordes de empregos no momento.
Quando perguntado do balanço patrimonial, Powell disse que a expectativa de redução está para o segundo semestre, mas ainda assim deixou na mesa a incerteza sobre essa afirmação, embora falou que o reflexo do QT (Quantitative Tightening) deverá ser mais forte.
O mercado de risco não gostou nada da incerteza deixada, o balde de agua fria foi visto ontem no mundo todo, inclusive nas criptomoedas (ativo de risco). Ressalto a busca por segurança (moedas fortes) se intensificou ontem. Outro fator notável foi a fuga de Ouro e Títulos Públicos, sinalizando alta expectativa de juros. Importante observar a entrada de capital estrangeiro no Brasil que vem beneficiando o Dólar e o Ibovespa pela percepção de premio com alta dos juros. (Veja análise na íntegra).
Lyusão
Olhando o gráfico do SP500 tendo a perceber que uma correção lenta e gradual e saudável, até em torno dos 3400-4000 é bem-vinda, apesar de achar que há risco disso nem ocorrer, porem os pontos suporte de 3400, 4000, são bem relevantes. Hoje tivemos um movimento de venda FORTE com queda de 400 pontos ou 5%! O que é muito forte! Porém, compras no fundo vieram o que mostra ainda resiliência da demanda por ativos nos EUA . Essa tendência de buy the dip pode mudar sob 2 variáveis: Forte e rápido aumento de juros do FED (não é meu call base), e outro fator aleatório não previsível (estilo covid em 2020).
Os cones de alta seguiriam ainda então da forma como mostrada pela linha senoidal que desenhei a mão. Pelos meses à frente. E claro, sem falar do fato de que está desde há uns meses ocorrendo uma rotação de Growth para VALUE! O que seguirá assim, até o fim da alta de juros. (Veja mais sobre SP500).
Ductor Marcus
Quando falamos em volatilidade no mercado de ações é na NASDAQ que encontramos as maiores aventuras nessa maravilhosa montanha russa.
TSLA stock é um ativo que tem proporcionado altos rendimentos acompanhado de grandes correções, no entanto, no longo prazo o resultado tem sido muito positivo. Se formos acompanhar a evolução de preço desde o ano de 2020 ela já passa de 900%.
Adentrando no estudo atual do gráfico semanal observo que existem padrões de correções que beiram um pouco maIs de 30% e após um período de “relaxamento” o preço volta a romper o topo histórico. Esse ciclo tem se repetido por meses, e em janeiro de 2022 estamos diante da próxima oportunidade explosiva. Observe no gráfico semanal que estamos em um padrão aonde a média simples de 20 tenderá a se posicionar acima da média de 32 que é o atual suporte antes de poder se aventurar na região dos 640.00.
Apesar do medo assombrar o mercado pelo risco de guerra e ou descontrole da inflação nos EUA o que podemos fazer é seguir a tendência e os padrões que o mercado nos dá. (Veja mais sobre Tesla).
Rangel
O preço ruma em direção à região preterida para monitoramento com ideia de compra. O preço aparenta ter encontrado oferta em R$38.50, caracterizando uma falha de topo e em seguida um pivô de baixa no gráfico diário. O fato da vela estar na mínima em todos os timeframes indica bastante momentum vendedor. (Mais sobre JBS).
Disclaimer: As análises aqui apresentadas são apenas estudos. Elas não são recomendações de investimento, nem de compra nem de venda, tampouco refletem a opinião do veículo de mídia na qual estão sendo divulgadas. São estudos direcionados a pessoas com conhecimento e experiência no mercado financeiro.
Nossos Autores: Gabriel Fauth, Lyusão, Ductor Marcus e Rangel.