A Carmila, braço imobiliário do Carrefour na Espanha, anunciou que instalará caixas eletrônicos para criptomoedas em suas unidades na Europa. Com isso, os clientes poderão comprar e vender suas criptomoedas diretamente através destes caixas.
De acordo com a empresa, a novidade foi possível graças a uma parceria com a Weex Capital, empresa que provê caixas eletrônicos de criptomoedas. Por isso que, a princípio, os caixas serão instalados nos shoppings centers gerenciados pela Carmila na Espanha, país de origem da Weex.
No entanto, a empresa não descarta que outros países possam receber a novidade futuramente. Isso inclui o Brasil, país no qual a rede Carrefour está implantada.
Com os caixas instalados, os clientes poderão comprar e vender criptomoedas. Pouco foi detalhado sobre o funcionamento das operações, mas as compras e vendas serão restritas ao valor de € 990 (cerca de R$ 6,2 mil na cotação atual).
Blockchain
O Carrefour foi um dos primeiros grandes varejistas globais a adotar a tecnologia das criptomoedas, a blockchain, para aumentar a rastreabilidade de seus produtos. O sitema de rastreamento blockchain do Carrefour permite a consumidores rastrearem cadeias de suprimentos de 20 itens, incluindo carne, leite e frutas desde as fazendas até as lojas, permitindo que eles evitem produtos com organismos modificados, antibióticos e pesticidas.
O varejista inicialmente começou a trabalhar no sistema de rastreamento com a IBM, aderindo em 2018 à rede de rastreamento de alimentos baseada em blockchain da IBM chamada Food Trust juntamente a redes de supermercados e empresas de varejo como Nestle SA, Dole Food Co., McCormick e Co., McLane Co., Tyson Foods Inc., Unilever NV, entre outras.
Desde então, segundo Emmanuel Delerm, gestor do projeto blockchain do Carrefour, a rede registrou um aumento nas vendas.
“O melão vendeu de forma mais rápida que no ano anterior graças à tecnologia blockchain. Tivemos impacto positivo na venda de frango com relação ao frango sem blockchain”, disse.
No ano passado o varejista anunciou, no Brasil, a expansão de seu sistema de rastreabilidade de produtos com blockchain e vai incluir frutas citrícas, como lanranja pêra, laranja bahia, laranja lima e tangerinas da linha “Sabor & Qualidade”.
Desta forma, a gigante mundial de hipermercados, vai ampliar os produtos comercializados em suas lojas por meio do uso da tecnologia que deu vida ao Bitcoin.
O Carrefour destaca que o blockchain é uma tecnologia-chave para as redes de suprimento, pois proporciona maior transparência e permite que os clientes revisem todo o processo de distribuição.
Por Cassio Gusson