O dólar fechou em R$ 5,3240, com alta de 0,54%. O driver do dia foram os resultados expressivos do payroll, um dos principais termômetros do emprego nos Estados Unidos, que além de apontarem uma recuperação econômica, também aumentam as expectativas para o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) anunciar o início do aumento dos juros na próxima reunião, em março.
Segundo o economista-chefe do Banco Alfa, Luis Otavio Leal, “hoje ocorre um movimento global de fortalecimento do dólar. Na comparação com os pares emergentes, o real performa bem. O fluxo estrangeiro aqui continua sólido”.
Leal acredita que existem três pontos nevrálgicos que podem influenciar a tomada de decisão do Fed: “Antes do encontro, ainda serão divulgados dois CPI (índice de preços ao consumidor, na sigla em inglês), além do Humphrey-Hawkins, encontro bienal no qual o presidente do Fed costuma discursar no Senado”, pontua.
Foram criadas 467 mil vagas em janeiro, muito acima das expectativas de 58 mil. Os salários em base anual e mensal subiram 5,67% (previsão de 5,1%) e 0,73% (previsão de 0,5%), respectivamente. A criação de postos de trabalho em dezembro também foi revista, saltando de 199 mil para 510 mil.
De acordo com o economista da Renascença Corretora, Daniel Queiroz, “o payroll veio forte, e acaba impactando tanto no câmbio quanto nos juros. A geração de vagas foi boa, assim como o aumento do salário, mas o principal ponto foram as revisões, como a de dezembro”.
Queiroz acredita que o mercado interpretou de forma positiva: “Isso dá argumentos para o Fed começar o aumento dos juros em março. Já existem pessoas no mercado que já projetam alta de 0,5 ponto percentual (pp), mas acredito em 0,25 pp”, opina.
Para o economista do Banco BV, Carlos Lopes, “todos aguardam o payroll, principalmente o nível dos salários”. O economista explica que isso tem relação de como a inflação está afetando o poder de comprar da população norte-americana, e que os dados tendem a fortalecer o dólar.
Por mais que o real tenha se valorizado nas últimas semanas, Lopes não enxerga fôlego no movimento: “Existe espaço para cair mais, mas acho difícil. O fundamento técnico mostra um real mais fraco ao longo do ano”, projeta.
“Desde o início do ano temos tido bom desempenho do real. Ainda assim, é uma das piores moedas, já que sofreu muito ao longo da pandemia”, contextualiza Lopes.
Data | Compra | Venda | Variação | Variação |
01/02/2022 | 5,2718 | 5,2728 | -0,624% | -0,0331 |
2/02/2022 | 5,2753 | 5,2758 | 0,057% | 0,003 |
3/02/2022 | 5,2949 | 5,2954 | 0,362% | 0,0191 |
4/02/2022 | 5,3235 | 5,324 | 0,54% | 0,0286 |
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