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Localiza (RENT3): lucro líquido de R$ 442,1 milhões no 4T21, alta de 10%

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A Localiza registrou um lucro líquido de R$ 442,1 milhões no quarto trimestre, crescimento de 10% na comparação com o registrado um ano antes. No ano, a companhia apresentou lucro líquido recorde de R$ 2 bilhões, crescimento de 95% em comparação a 2020.

resultado do período, porém, ficou levemente abaixo da previsão média de analistas consultados pela Refinitiv, de 461,8 milhões de reais.

receita líquida da locadora de veículos somou R$ 2,63 bilhões no quarto trimestre, queda de 8,3% sobre o mesmo período de 2020. No segmento de aluguel, houve avanço de 27,6% do indicador, para R$ 1,64 bilhão. Em seminovos, houve queda de 37,4%, para R$ 996,2 milhões.

O crescimento da receita é explicado pela aceleração do volume e do maior preço médio, visando equalizar o nível de retorno da Companhia, em contexto de aumento no preço dos carros novos e dos custos de frota(manutenção, peças, depreciação), além do aumento dos juros.

A frota de final de período cresceu 4,2%em relação ao final de 2020, com estabilidade na Divisão de Aluguel de Carros e expansão de 19,2% em Gestão de Frotas.

Ebitda – juros, impostos, depreciação e amortização – cresceu 24,3% na comparação com igual etapa de 2020, totalizando R$ 935,4 milhões. Já a margem Ebitda alcançou 57% no 4º trimestre de 2021, baixa de 1,6 pontos percentuais na comparação com igual trimestre de 2020. O Ebitda consolidado do 4T21 totalizou R$ 773,6 milhões, representando um aumento de 19,9% se comparado ao 4T20.

Em 2021, a companhia apresentou consumo de caixa de R$ 342,2 milhões depois do crescimento, explicado principalmente pela variação no capital de giro, além do maior capex de renovação por carro, resultado do aumento do preço do carro novo e do mix de compra superior ao mix de venda, em contexto de restrição de produção de carros e desequilíbrio entre oferta e demanda.

Em relação à dívida líquida, a companhia informou que houve um aumento de 14,7%, a R$ 7,026 bilhões.

Dessa forma, o índice de alavancagem, medido pela relação entre dívida liquida e o Ebitda ajustado foi de 0,9 vez, uma redução de 0,1 vez em relação ao 4T20.

⇒ Cade nega rediscutir o mérito da aprovação da fusão entre a Unidas e a Localiza

O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) negou rediscutir o mérito da aprovação da fusão entre a Unidas e a Localiza, aprovada em dezembro do ano passado pelo Tribunal da autarquia. Nesta quarta-feira, os conselheiros analisaram embargos opostos pela ALD Automotive S.A..

A empresa alegou contradições na decisão do Cade, principalmente no acordo negociado entre órgão antitruste e as empresas para aprovar a operação.

De acordo com a relatora, conselheira Lenisa Prado, não há contradições na decisão do Cade.

Os resultados da Localiza (BOV:RENT3)referente o quarto trimestre de 2021 foram divulgados no dia 22/02/2021. Confira o Press Release completo!

Teleconferência

Dois pontos, que afetaram às margens e os custos da Localiza em 2021, foram amplamente discutidos na teleconferência com analistas do mercado que a empresa realizou nesta quarta (23), após os resultados do quarto trimestre de 2021.

Após os resultados, as ações fecharam em queda, também repercutindo o mau humor do mercado, com o Ibovespa caindo 0,78%: RENT3 registrou baixa de 5,23%, a R$ 58,36.

Já na abertura do evento virtual, Bruno Lasansky, CEO da Localiza, destacava que, no ano passado, a disponibilidade de veículos zero quilômetro continuou sendo impactada pelos desdobramentos da pandemia e pela falta de insumos, principalmente semicondutores. Além disso, os custos com roubo de carros e inadimplência foram impactados no segundo semestre de 2021.

No que tange ao item roubo de carros, Rodrigo Tavares, CFO da Localiza, informou que a empresa tem tomado medidas para diminuí-lo. Segundo ele, mudou-se o critério de reconhecimento para abrir ocorrência, tendo sido mais rigoroso com esse processo. “Agora, não se espera mais de 30 dias para lançar o carro em risco”, disse.

Entre as medidas adotadas incluem-se maior monitoramento da frota e score de créditos de clientes mais refinados. “A gente começou a negar reserva para clientes de alto risco”, disse.

De acordo com o CFO, dezembro já diminuiu este índice por conta das medidas implementadas; e em janeiro diz ter alcançado os níveis baixos históricos nesse item. “Não se espera que tenha impacto relevante esse ano”, afirmou. “No início de 2022 isso já diminui substancial”.

Crise de carros novos fez empresa alongar vida útil de seminovos

Em 2021, a companhia reduziu o ritmo de venda de carros seminovos para alongar sua vida útil na empresa. O motivo foi a crise de entrega de veículos pela indústria por conta da nova variante da Covid-19, o ômicron, que atingiu trabalhadores do setor, diminuindo a produção em toda cadeia.

A Localiza informou que o volume de vendas de seminovos vai se manter reduzido ao longo do primeiro semestre, para suportar a retomando de crescimento nas divisões de aluguel de carros.

Mais manutenção, mais custos

A ampliação da vida útil dos veículos representa mais manutenção dos mesmos e consequentemente, aumento de custos nesse item. “A depreciação é menor, mas o custo de manutenção maior”, avalia a Localiza.

A empresa relatou que o recebimento de veículos novos das montadoras continuou prejudicado em janeiro, e deve impactar no 1T22.

A Localiza teve receita líquida da Divisão de Aluguel de Carros crescimento anual de quase 40% em relação a 2021, mostrando tendência do setor. A Divisão de Gestão de Frotas também teve expansão, ainda não refletido em carros alugados pelo backlog de entregas de carros novos, afirmou a companhia.

No 4T21, a Localiza reduziu a estrutura de seminovos em cinco lojas em comparação às 132 lojas no 3T21, encerrando o ano
com 127 pontos de venda, em 85 cidades no Brasil.

“Ao longo do ano fomos ajustando a desmobilização da frota aos volumes de compra de carros, de forma a encerrar 2021 com adição de 18 mil carros na frota. Estamos nos tornando mais eficientes na manutenção dos carros com maior idade média, bem como na alocação destes por segmento, de acordo com a quilometragem”, relatou a empresa.

Fusão Localiza-Unidas

A empresa informou ainda que aguarda a aprovação final pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) da combinação dos negócios com a Unidas. De acordo com o jornal O Estado de S. Paulo, em notícia publicada nesta quarta (23), as locadoras de veículos Localiza e Unidas estão perto de vender os ativos necessários à obtenção da aprovação do Cade.
A Companhia fechou 2021 com 289.796 carros, 18,5 mil veículos a mais que em 2020, um crescimento de 4,2%.

Nesta quarta, o Cade negou rediscutir o mérito da aprovação da fusão entre a Unidas e a Localiza, aprovada em dezembro do ano passado pelo Tribunal da autarquia. Os conselheiros analisaram embargos opostos pela ALD Automotive S.A..

A empresa alegou contradições na decisão, principalmente no acordo negociado entre órgão antitruste e as empresas para aprovar a operação. De acordo com a relatora, conselheira Lenisa Prado, não há contradições.

VISÃO DO MERCADO

Bank of America 

O desempenho das ações da Localiza pode estar atrelado a fatores como gargalos de automóveis, crescimento limitado dos lucros, tarifas mais altas impedindo a alta dos volumes, margens decepcionantes e o balanço patrimonial da companhia em um ambiente de taxas crescentes, avalia o Bank of America (BofA).

Para os analistas Gabriel Frazão e Gustavo Tasso, esses pontos podem estar pesando sobre os papéis da locadora de veículos. Segundo eles, os gargalos das montadoras têm sido um dos principais temas de preocupação, em meio a escassez de semicondutores de longa duração.

“A produção de automóveis deve permanecer em níveis ainda deprimidos em 2022. Acreditamos que a Localiza poderia se beneficiar de um melhor mix de vendas, com as fabricantes alocando mais veículos para aluguel de carros”, avaliam.

Frazão e Tasso projetam um crescimento de 10%, na base anual, dos lucros da companhia, em ritmo mais modesto. Eles esperam um ano em que os resultados das operações principais ganhem relevância à medida que a Localiza acelera as operações de aluguel de carros e as vendas de carros usados comecem a cair, dizem.

A equipe do BofA comenta que uma das principais medidas para a companhia lidar com os preços mais altos de carros novos e a alta da taxa de juros é ajustar as tarifas de locação de veículos. Porém, isso pode impactar o crescimento dos volumes.

Os analistas ressaltam que as margens na divisão de aluguel também têm frustrado investidores. Para eles, os resultados fracos são impulsionados, principalmente, pela expansão mais fraca da frota de veículos, que impacta não apenas as taxas de crescimento, mas também a lucratividade com mais despesas de manutenção de veículos e investimentos em novas tecnologias, mão de obra e infraestrutura.

Eles apontam que a Localiza tem o menor custo de dívida do setor, emitindo recentemente R$ 1,5 bilhão em dívida de longo prazo. “Um baixo custo da dívida é uma vantagem competitiva forte em um negócio de capital intensivo, como aluguel de veículos, segmento no qual as empresas operam com alta alavancagem e margens baixas”, reforçam.

Apesar desses fatores, o BofA tem uma visão otimista para a Localiza, na qual reitera a recomendação de compra para a Localiza, com preço-alvo de R$ 68. No ano, as ações têm valorização de mais de 11%, acompanhando o índice Ibovespa, que sobe quase 9% em 2022.

Bradesco BBI

Apesar da aceleração do crescimento da frota no 4T21, a Localiza deve desacelerar a compra de novos veículos no 1T22 e forçar o adiamento das vendas de carros usados. A idade da frota aumentou para 15,4 meses, contra a média histórica de algo entre 7 e 8 meses.

Bradesco BBI mantém recomendação de compra preço-alvo de R$ 63,00…

Credit Suisse

Para o Credit Suisse, embora os resultados de aluguéis de carros tenham sido um pouco melhores do que o esperado, as margens de gestão de frota aquém do previsto e o desempenho inferior dos seminovos tanto nos carros vendidos quanto nas margens deixaram visões mistas em relação aos resultados.

O Ebitda de R$ 935 milhões veio 1% acima da projeção do Credit Suisse, enquanto o lucro líquido de R$ 442 milhões veio em linha com as estimativas do mercado, escrevem os analistas Regis Cardoso, Henrique Simões e Alejandro Zamacona.

Eles destacam que o aumento de 29% em base anual nas tarifas, atingindo três dígitos, ajudou o segmento de aluguéis de carros a melhorar as margens em 5,4 pontos percentuais (p.p.) em base anual, para 46,6%. Além disso, após a redução da frota em todos os trimestres de 2021, a Localiza aumentou sua frota em cerca de 8,8 mil carros no quarto trimestre, encerrando 2021 com aproximadamente a mesma frota de 2020.

Já no segmento de gestão de frotas, a redução de cerca de 6,9 pontos percentuais em base anual nas margens Ebitda impediu um resultado mais forte no trimestre. “Acreditamos que a gestão de frotas constitui uma importante via de crescimento para as locadoras de veículos, principalmente por meio dos programas de assinatura (Localiza Meoo, Unidas Livre e Movida Zero KM) e deve apresentar melhores resultados nos próximos trimestres e anos, refletidos nos mais de 20 mil pedidos em carteira de carros reportada pela Localiza”, dizem os analistas.

Eles destacam ainda que as margens menores na divisão de seminovos são reflexo dos volumes menores que causam deseconomias de escala e da depreciação por carro relativamente baixa nos trimestres anteriores quando comparados aos pares. Por fim, mesmo com alguns contratempos nos resultados, a rentabilidade da Localiza continua sólida, e a alavancagem permanece confortável, afirmam os analistas.

Credit Suisse mantém sua recomendação de compra com preço-alvo de R$ 74,00.

XP Investimentos

Os resultados fortes no quarto trimestre de 2021 vieram em linha com as expectativas da XP e do mercado, diz a gestora em relatório.

Os analistas Pedro Bruno e Lucas Laghi destacam o forte desempenho do lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) de aluguéis de carros, em alta de 48% em base anual e 40% em base trimestral, com tarifas mais altas no trimestre, enquanto volumes também cresceram, ainda que timidamente.

Isso indica “uma forte demanda para o setor, e a capacidade da empresa de precificar a locação de acordo com a alta dos preços dos carros novos e juros elevados, uma grande preocupação dos investidores dado a forte inflação de veículos e aumento das taxas de juros”, dizem os analistas.

Outro ponto positivo é o forte desempenho da margem bruta de vendas de carros usados em 24,7%, alta de 7,4 ponto percentual em base anual, com a depreciação geral de veículos ainda em níveis baixos e preços de carros usados mais altos, com preço médio do carro vendido em alta de 28% na comparação anual.

Já o segmento de seminovos segue forte, com cerca de 25% de margem bruta e 14% de margem Ebitda, apesar de apenas 15,5 mil carros vendidos no trimestre, uma queda de 51% em base anual.

Do lado negativo, os analistas citam um ambiente de compra de carros ainda prejudicado, causando custos de manutenção acima do ideal relacionados a uma frota mais envelhecida e impactando negativamente a margem Ebitda das divisões de aluguel de frotas.

XP mantém recomendação de compra com preço-alvo de R$ 68,00…

* Com informações da ADVFN, RI das empresas, Valor, Infomoney, Estadão, Reuters1

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