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Suzano (SUZB3): lucro líquido de 2,3 bilhões no 4T21

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A Suzano maior produtora mundial de celulose de eucalipto, encerrou o quarto trimestre com lucro líquido de R$ 2,3 bilhões, queda de 61% na comparação anual, refletindo o impacto negativo da variação cambial na linha financeira.

A variação em relação ao 3T21 é explicada majoritariamente pela variação positiva no resultado financeiro, por sua vez decorrente do menor impacto negativo da variação cambial sobre a dívida e da marcação a mercado das operações com derivativos. Em relação ao 4T20, a variação negativa de R$ 3.601 milhões no resultado líquido reflete principalmente a variação negativa no resultado financeiro, parcialmente compensada pelo melhor resultado operacional.

A receita líquida do quarto trimestre ficou em R$ 11,470 bilhões, alta de 43% na comparação com o mesmo período de 2020 (R$ 8,013 bilhões). Em todo o ano de 2021, a receita líquida atingiu R$ 40,965 bilhões, avanço de 34% na comparação com o ano anterior (R$ 30,460 bilhões).

ebitda – lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização – ajustado somou 6,35 bilhões de reais, 60% acima do observado em igual etapa de 2020, e foi recorde, na esteira de vendas em volume e preços maiores, tanto no negócio de celulose quanto em papel. A margem Ebitda ficou em 55%, com expansão de seis pontos percentuais.

A geração de caixa operacional, medida pelo Ebtida ajustado menos o capex de manutenção, foi de R$ 4,8 bilhões no 4T21. As vendas de celulose da Suzano totalizaram 2.722 mil toneladas, apresentando uma alta de 2% em relação ao 3T21 e 4T20, e as vendas de papel atingiram 371 mil toneladas, altas de 10% na comparação anual e de 5% na trimestral.

O resultado financeiro líquido da Suzano ficou negativo em R$ 2,65 bilhões no 4T21, com ganhos frente ao R$ 7,76 bilhões negativos do trimestre anterior, porém revertendo o resultado positivo de um ano antes, de R$ 6,24 bilhões.

A dívida líquida da Suzano fechou dezembro de 2021 somando R$ 58,3 bilhões, estável em relação ao valor de setembro de 2021. A alavancagem financeira medida pela relação entre dívida líquida e Ebitda em dólar chegou a 2,4 vezes em dezembro, de 2,7 vezes três meses antes.

Os resultados da Suzano (BOV:SUZB3) referentes suas operações do quarto trimestre de 2021 foram divulgados no dia 09/02/2022. Confira o Press Release completo!

Teleconferência

Amplamente citado no relatório de divulgação dos resultados do 4T21 da Suzano (SUZB3), o contexto de restrição logística em 2022 segue desafiador, de acordo com a empresa. Os executivos que apresentaram os resultados na teleconferência realizada nesta quinta-feira (10), pela manhã, ressaltaram a questão.

Leonardo Barreto de Araújo Grimaldi, diretor Executivo de Comercial Celulose e Gente e Gestão da Suzano, disse que com relação à cadeia de suprimentos, “a situação se complica no primeiro trimestre por conta das contaminações nas tripulações, congestionamento em porto”. Segundo ele, “o quadro fica complicado”.

E afirma: “Não podemos detectar melhora significativa pincipalmente no primeiro semestre. Pode continuar gerando desconforto até o final do ano. Monitoramos com atenção a disponibilidade de transporte ferroviário, algo que pode impactar oferta de madeira e celulose, impactando também mercado de papel”.

Para o executivo, “a covid impacta os portos chineses que operam em circuito fechado, ninguém entra ninguém sai, retardando as operações. Quadro é desafiador. Estamos nos esforçando para manter alto nível de serviço aos clientes”.

A Suzano prevê ainda custo caixa a níveis normais a partir do 2T22. Aires Galhardo, diretor-executivo de operação da Suzano (SUZB3), afirmou que o custo de caixa da empresa vive agora um ciclo positivo devido ao aumento do preço da commodities da celulose.

“A pior parte ficou para o quarto trimestre (de 2021). Tivemos níveis mais altos dos últimos dez anos com várias paradas programadas. Depois do primeiro trimestre, principalmente com relação a combustíveis, deveremos ver alguma redução que deverá trazer os custos de caixa a níveis normais”, afirmou.

No relatório do balanço, o custo caixa sem paradas de celulose do 4T21 ficou em R$ 747/t, 5% superior ao 3T21 em decorrência de maior custo com insumos.

Isso em função do maior preço dos químicos (com destaque para a soda cáustica dada alta nos preços internacionais e dióxido com o aumento de encargos de energia), impacto do Brent sobre energéticos (principalmente gás natural), e elevação do custo com madeira, em função do maior custo com transporte, em grande parte devido à elevação do preço do diesel.

Durante a teleconferência, a Suzano (SUZB3) informou que o Capex da empresa para 2022 será de R$ 13,6 bilhões. Ano passado, a empresa realizou um Capex de R$ 6,3 bilhões.

Boa parte do recurso será destinada ao Projeto Cerrado: R$ 7,3 bilhões, que envolve a construção de uma nova fábrica de celulose em Ribas do Rio Pardo, no Mato Grosso do Sul. O projeto, que está hoje com avanço físico de 3%, envolve aportes totais de R$ 19,3 bilhões e deve entrar em operação em 2024.

Também com relação ao Capex, R$ 5 bilhões serão destinados à manutenção; R$ 600 milhões em terras e florestas e R$ 700 milhões em expansão, modernização e outros.

VISÃO DO MERCADO

Ativa Investimentos 

Neste 4T21, a evolução das vendas de papel e celulose somado à depreciação do real frente ao dólar resultaram num aumento de 7% QoQ da receita líquida.

No entanto, as paradas para manutenção, o registro de maior custo caixa em função do aumento global do preço de commodities e produtos químicos e a elevação das despesas SG&A levaram a companhia a reportar queda em seu Ebitda ajustado/t e na geração de caixa operacional ajustada/t.

Diante de melhor resultado financeiro QoQ, o lucro líquido registrado avançou. Consideramos os resultados da companhia em linha com as nossas expectativas e esperamos uma reação neutra por parte do mercado.

Em um trimestre afetado pela realização de paradas programadas e de dinâmica ainda complexa tanto em celulose como em papel, a companhia demonstrou resiliência para apresentar resultados em linha com as nossas expectativas, seguir se desalavancando e mostrar que pode enfrentar seu novo ciclo de investimentos sem maiores turbulências.

Bradesco BBI

Para o BBI, a Suzano apresentou o maior Ebitda de todos os tempos no 4T21, uma vez que as pressões de custo e os preços mais baixos da celulose foram compensados ​​por um real mais fraco.

Olhando para o futuro, o Bradesco espera que o impulso dos lucros melhore, impulsionado pelos preços mais altos da celulose, enquanto os custos caixa da celulose podem ter atingido o pico no final do 4T21.

O Bradesco BBI destacou a situação de estoque apertado globalmente, demanda saudável em regiões-chave, estoques de papel baixos e um preço de US$ 100/t de celulose de revenda vs celulose importada na China, em sua análise sobre a teleconferência da Suzano.

“O lado da oferta continua sendo impactado por atrasos nos projetos, interrupções como greves na Finlândia e no Canadá e aumentos de volume mais graduais no mercado em relação às expectativas anteriores. Sobre os custos, espera-se mais pressão no primeiro trimestre, com normalização a partir de então’, sublinha.

BTG Pactual

A Suzano reportou números do 4T21 em linha, refletindo um cenário de preços um tanto desatualizado. O EBITDA foi de R$ 6.355 bilhões, em linha com nossa estimativa e estável t/t, com níveis de custo caixa subindo, porém, compensado por preços de celulose mais fortes (chegando US$ 10/t acima de nossa estimativa).

As medições de alavancagem melhoraram marginalmente com alguma geração de fluxo de caixa no trimestre. Dado que os preços devem seguir aumentando nas próximas semanas acreditamos que atenção dos investidores na teleconferência de amanhã será em relação ao ambiente dos mercados de celulose (oferta & demanda).

E antecipamos um tom mais otimista, o que deve levar alguns investidores a questionar premissas conservadoras de preços para o ano. Daí a razão para título do relatório: acreditamos em um mercado mais apertado (oferta & demanda) e níveis de preços mais altos ainda não estão sendo consideradas nas estimativas de consenso (como as expectativas mudarão repentinamente?). Continuamos construtivos com a tese

BTG Pactual tem recomendação de compra com preço-alvo de R$ 92,00…

Itaú BBA

O Itaú BBA classificou os resultados como ligeiramente positivos no quarto trimestre, com números fortes, embora esperados.

Sobre os resultados de celulose, eles foram suportados por volumes acima do esperado, em mais um movimento de desestocagem no 4T21 e a desvalorização do real no período, que mais do que compensou o aumento de 5% no custo caixa de celulose/tonelada.

Itaú BBA mantém recomendação de compra com preço-alvo de R$ 74,00…

Morgan Stanley

Para o Morgan Stanley, o Ebitda ajustado reportado ficou 1,5% acima do consenso, enquanto o normalizado em linha. Em relação as projeções do banco, maiores embarques de papel, preços de exportação de papel e CPV à vista mais baixo por tonelada mais do que compensaram maiores despesas de SG&A.

O lucro por ação normalizado foi de R$ 1,62 bem acima do consenso de R$ 1,05, menores perdas cambiais não monetárias e um crédito fiscal impulsionaram o aumento do lucro por ação.

Morgan Stanley mantém recomendação de compra com preço-alvo de R$ 65,00.

* Com informações da ADVFN, RI das empresas, Valor, Infomoney, Estadão, Reuters

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