Ações da Meta Platforms disparam com balanço do primeiro trimestre melhor que esperado

As ações da Meta Platforms (NASDAQ:FB), controladora do Facebook, saltaram 15% em negociações estendidas na quarta-feira (27), depois que a empresa divulgou ganhos que superaram as estimativas, mesmo com a receita decepcionante.

A Meta Platforms também é negociada na B3 através do ticker (BOV:FBOK34).

Aqui estão os resultados:

• Lucro por ação: US$ 2,72 contra US$ 2,56 esperados, de acordo com uma pesquisa da Refinitiv com analistas
• Receita: US$ 27,91 bilhões contra US$ 28,2 bilhões esperados, de acordo com a Refinitiv

• Usuários ativos diários (DAUs): 1,96 bilhão contra 1,95 bilhão esperados, de acordo com StreetAccount
• Usuários ativos mensais (MAUs): 2,94 bilhões contra 2,97 bilhões esperados, de acordo com StreetAccount
• Receita média por usuário (ARPU): US$ 9,54 contra US$ 9,50 esperados, de acordo com StreetAccount

A Meta atualizou os investidores pela primeira vez desde que um brutal relatório de lucros do quarto trimestre em fevereiro fez com que as ações caíssem 26%, seu pior dia de todos os tempos. Os usuários ativos diários, que caíram pela primeira vez no quarto trimestre, se recuperaram um pouco de 1,93 bilhão para 1,96 bilhão.

O rali after-hours na quarta-feira ainda deixa as ações em baixa para o ano. No fechamento do dia, as ações haviam perdido quase metade de seu valor em 2022.

O Facebook também superou as expectativas de receita média por usuário. Mas quase todas as outras métricas importantes foram perdidas, incluindo usuários ativos mensais. A receita aumentou 7% no trimestre.

Para o segundo trimestre, o Facebook prevê receita de US$ 28 bilhões a US$ 30 bilhões, ficando atrás da estimativa de US$ 30,6 bilhões dos analistas consultados pela Refinitiv. A empresa disse no comunicado que a orientação reflete as tendências contínuas do primeiro trimestre, incluindo o crescimento suave da receita que “coincidiu com a guerra na Ucrânia”.

O Facebook mudou seu nome para Meta em outubro, refletindo o esforço do CEO Mark Zuckerberg para impulsionar a empresa para um futuro que inclui trabalhar, jogar e estudar em um mundo virtual.

A família de aplicativos do Facebook, incluindo o aplicativo principal, Instagram e WhatsApp, respondeu por 97,5% da receita no trimestre. Os US$ 695 milhões restantes vieram do Reality Labs, a parte da empresa que está tentando construir produtos para o metaverso.

Na família de negócios de aplicativos, o lucro líquido caiu 13% em relação ao ano anterior, para US$ 11,48 bilhões. A Reality Labs perdeu US$ 2,96 bilhões no período, em comparação com uma perda de US$ 1,83 bilhão no primeiro trimestre de 2021.

O Facebook reduziu sua orientação de despesas totais para 2022 para algo entre US$ 87 bilhões e US$ 92 bilhões, abaixo de sua estimativa anterior de US$ 90 bilhões a US$ 95 bilhões. Ela espera que a maior parte desse crescimento de despesas seja impulsionada por seu segmento de família de aplicativos, seguido por Reality Labs.

Outras empresas de mídia social também apontaram fatores macroeconômicos que afetam sua receita de publicidade. O CEO da Snap, Evan Spiegel,  chamou  o primeiro trimestre de “mais desafiador do que esperávamos”. A empresa disse que alguns anunciantes interromperam as campanhas publicitárias após a invasão russa da Ucrânia em fevereiro. O YouTube, de propriedade do Google, cresceu apenas 14% no primeiro trimestre, muito abaixo dos 25% que os analistas esperavam.

Os anúncios digitais também podem ser impactados pela inflação e pelas recentes mudanças de privacidade da Apple nos sistemas operacionais do iPhone, que o Meta CFO Dave Wehner previu anteriormente que resultariam em uma  receita de US$ 10 bilhões em 2022, embora ele reconheça que esse número seja uma estimativa.

Fontes: CNBC, WSJ, FX empire, FX Street, Reuters, The Street, TipRanks