A dívida pública federal do Brasil caiu 2,89% em março sobre fevereiro, a 5,565 trilhões de reais, informou o Tesouro Nacional nesta quinta-feira, mencionando uma melhora no cenário dos países emergentes apesar do cenário externo com fatores negativos.
No mesmo período, a dívida pública mobiliária interna teve recuo de 2,69%, a 5,343 trilhões de reais.
De acordo com o Tesouro, houve melhora nos prêmios de risco de nações emergentes apesar da guerra na Ucrânia, do novo surto de Covid-19 na China e do possível ciclo mais agressivo de aperto monetário nos Estados Unidos.
No mês, o CDS (credit default swap) do Brasil, que mede o risco relacionado ao país, caiu 6,54%, segundo o Tesouro, a 208 pontos base.
Em março, houve um alongamento do prazo médio de vencimento dos títulos brasileiros para 3,97 anos, ante 3,86 anos registrados em fevereiro.
O custo médio do estoque da dívida pública federal apresentou redução, passando de 8,68% ao ano em fevereiro para 8,59% ao ano no mês passado.
Na dúvida interna, o custo do estoque subiu de 9,25% para 9,65% ao ano.
O custo médio das novas emissões da dívida interna também cresceu, indo de 9,5% para 10,5% ao ano.
Segundo o Tesouro, houve uma redução de 16,03% em sua reserva de liquidez no mês, de 1,278 trilhão de reais para 1,073 trilhão de reais.
Nos próximos 12 meses está previsto o vencimento de 1,225 trilhão de reais em títulos da dívida interna.
Ainda de acordo com o dados, investidores estrangeiros reduziram a participação na dívida interna de 10% para 9,4%, um recuo de 45,7 bilhões de reais.
Para o mês de abril, o Tesouro aponta uma ampliação dos riscos com pressões inflacionárias em diversas economias, além de guerra, Covid na China e possível aperto monetário nos EUA.
“No Brasil, esse cenário se refletiu no mercado doméstico, fazendo com que a curva de juros apresentasse ganho de nível”, informou.
Informações Reuters