A companhia Riograndense de Saneamento (Corsan) comunicou há pouco que pedirá hoje o cancelamento do pedido de registro de oferta pública de ações ordinárias (IPO), juntamente com o Estado do Rio Grande do Sul, acionista controlador da empresa.
A privatização deixaria o estado com cerca de 30% das ações da companhia e, como a Coluna do Broadcast antecipou, corria risco de ser engavetada após pedido de esclarecimentos pelo Tribunal de Contas do Rio Grande do Sul (TCE-RS), que suspendeu o processo de privatização.
“O acionista controlador informou seu entendimento de que o envio de novos esclarecimentos ao TCE-RS, neste momento, ou a interposição de recursos (os quais não seriam dotados de efeito suspensivo), em especial considerando a complexidade da matéria, inviabilizaria o lançamento do IPO na ‘janela’ de mercado atual”, afirma a Corsan.
O Estado do Rio Grande do Sul orientou pela não interposição de recurso à decisão proferida pelo TCE-RS. Ao mesmo tempo, reafirmou a necessidade de privatização da companhia, por conta da realização dos investimentos para o atendimento das metas fixadas na no Novo Marco Legal do Saneamento.
“Assim, considerando-se a dificuldade para a finalização do IPO no atual prazo regulatório, bem como a desafiadora conjuntura do mercado de capitais para ofertas públicas de ações no país, o acionista controlador demandou o início imediato da reestruturação do projeto de desestatização, incluindo a perspectiva de alienação integral das ações da Corsan de propriedade do Estado”, aponta a Corsan. Com isso, o Estado ainda tentará buscar a conclusão da desestatização da Companhia até o final do exercício de 2022
Após o pedido de cancelamento do pedido de IPO e da listagem na B3, a Corsan diz que, juntamente com o Estado do Rio Grande do Sul, iniciará as ações necessárias para a venda da integralidade das ações da empresa neste ano.
Informações Broadcast