O dólar disparou nesta terça-feira, em reação à fraqueza do euro, da libra e das moedas emergentes, com investidores preocupados com os sinais cada vez mais evidentes de recessão pelo mundo, especialmente na Europa. O estopim do mau humor nos mercados foi a rodada de indicadores fracos de atividade (PMIs) na zona do euro e na Alemanha, junto com novas restrições de circulação na China devido ao aumento dos casos de covid-19.

Profissionais do mercado avaliam que a fraqueza da economia limita o espaço do BCE para subir os juros e conter a inflação, tirando força do euro, enquanto o Fed já está mais adiantado no processo de aperto monetário nos EUA. No Reino Unido, um novo escândalo no governo de Boris Johnson levou à demissão de três políticos do alto escalão, incluindo o ministro de Finanças, Rishi Sunak, adicionando pressão sobre a libra.

Por aqui, o dólar encontrou algum alívio à tarde, após o relator da PEC das bondades, Danilo Forte, afirmar que desistiu do “vale-Uber” e de tirar o estado de emergência do texto, mantendo a proposta que veio do Senado. Depois de testar máxima nos R$ 5,4040 (+1,47%), maior valor intradia desde 28 de janeiro (R$ 5,4329), o dólar à vista fechou em alta de 1,19%, a R$ 5,3893.

Na mínima do dia, marcou 5,3495. Às 17h05, o dólar futuro para agosto subia 1,05%, a R$ 5,4295. Lá fora, depois de fazer máxima em 20 anos, aos 106,792 pontos, o índice DXY marcava 106,516 pontos (+1,31%). O euro caía 1,50%, para US$ 1,0265 e a libra perdia 1,20%, para US$ 1,1957

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(Com informações da BDM, UOl e Agencia CMA)