Dólar fecha em alta, com investidores corrigindo parte da queda recente da moeda e ministros do STF aprovarem reajuste salarial de 18%

O dólar descolou do cenário externo e fechou em alta firme frente ao real nesta quinta-feira, com investidores corrigindo parte da queda recente da moeda, após testar suporte perto dos R$ 5,00, e refletindo também o retorno das preocupações fiscais, após os ministros do STF aprovarem um reajuste salarial de 18%.

A proposta ainda terá que passar pelo Congresso, mas abre caminho para que outras classes de servidores reivindiquem aumentos. Lá fora, o dólar iniciou a sessão em baixa frente aos pares, com investidores reagindo ao dado de inflação ao produtor (PPI) nos EUA, que surpreendeu ao recuar 0,5% em julho ante junho, contrariando expectativa de alta de 0,2%.

No fechamento, porém, a moeda já mostrava estabilidade, com mais um membro do Fed esfriando o otimismo dos investidores. A presidente do Fed de São Francisco, Mary Daly, alertou que é muito cedo para o Fed “declarar vitória” em sua luta contra a inflação elevada, apesar dos dados recentes mostrarem algum alívio nos preços. Em entrevista ao Financial Times, ela não descartou uma terceira alta consecutiva de 0,75 pp nos juros em setembro.

O dólar à vista fechou em alta de 1,44%, a R$ 5,1582, depois de oscilar entre R$ 5,0640 e R$ 5,1713. Às 17h17, o dólar futuro para setembro subia 1,23%, para R$ 5,1880. O índice DXY tinha leve queda de 0,05%, para 105,142 pontos. O euro subia 0,24%, para US$ 1,0324. E a libra recuava 0,17%, para US$ 1,2196.

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(Com informações da BDM, UOl e Agencia CMA)