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O Brasil ultrapassou pela primeira vez um milhão de usuários de criptomoedas registrados em julho, informou esta semana a Receita Federal. A figura exclui as exchanges internacionais, que não são obrigadas a divulgar informações à autoridade fiscal local.
O relatório detalhou as compras de criptomoedas feitas apenas em exchanges brasileiras, já que as plataformas estrangeiras não são obrigadas a cumprir a regulamentação local 1888, que, em 2019, passou a exigir que as empresas de criptomoedas reportassem as transações de usuários brasileiros às autoridades.
Um dos pontos de um projeto de lei de criptomoedas que está sendo considerado pelo Congresso brasileiro é a exigência de que as exchanges tenham um Employer Identification Number (conhecido como EIN nos Estados Unidos) para solicitar uma licença local, o que as obrigaria para relatar transações também.
A autoridade fiscal brasileira também incluiu declarações feitas por investidores individuais ou empresas, que são obrigadas a divulgar valores mensais superiores a R$ 30.000 reais (valor equivalente a US$ 5.740).
De acordo com levantamento divulgado pela Associação Brasileira das Entidades do Mercado Financeiro e de Capitais (Anbima), o número total de investidores em criptomoedas no país ultrapassou 4,2 milhões de pessoas em junho, representando 2% da população.
O crescimento de julho coincide com a entrada no segmento de criptomoedas do Nubank, o maior banco digital do país em valor de mercado, que em julho disse ter atingido 1 milhão de usuários de criptomoedas, após viabilizar a compra de criptomoedas em seu banco em maio.
Em julho, os brasileiros negociaram R$ 13,7 bilhões de reais em criptomoedas, 11% a menos que em junho e 28% a menos que em maio, acrescentou a Receita Federal.
Com informações de CoinDesk
