O Ibovespa não conseguiu segurar a alta da véspera e encerrou o pregão em queda de 0,73%, aos 107.664 pontos, contaminado pela queda global dos ativos de risco. O sentimento é de cautela por parte dos investidores, que se atentam às últimas notícias econômicas – principalmente dos Estados Unidos, a maior economia do mundo.
Mais cedo, o Departamento do Comércio dos EUA divulgou que o Produto Interno Bruto caiu a uma taxa anualizada de 0,6% no segundo trimestre, em dado não revisado. A economia contraiu a uma taxa de 1,6% no primeiro trimestre.
O Departamento de Comércio também divulgou o Índice de preços de gastos com consumo (PCE), um dos principais indicadores que o banco central dos EUA usa em suas deliberações sobre as taxas de juros.
Os dados indicaram uma aceleração para 7,5%, acima dos 7,1% previstos e dos 7,1% da segunda divulgação. O núcleo do PCE, que descarta itens voláteis como alimentos, também acelerou, para 5,60%, muito acima da projeção de 4,40% e dos 5,20% vistos previamente.
Já os pedidos iniciais de auxílio-desemprego caíram em 16 mil, para 193 mil na semana encerrada em 24 de setembro, disse o Departamento do Trabalho nesta manhã. Os dados da semana anterior foram revisados para mostrar 4 mil pedidos a menos do que o informado anteriormente.
Vale lembrar que na semana passada, o banco central dos Estados Unidos aumentou a sua taxa de juros em 0,75 ponto percentual, seu terceiro aumento consecutivo por essa margem, e sinalizou mais altas neste ano. Desde março, o Fed elevou sua taxa de juros de quase zero para a faixa atual de 3,00% a 3,25%.
Com esses pontos no radar do investidor, o movimento foi de queda nas principais Bolsas dos Estados Unidos. O Dow Jones recuou 1,54%, aos 29.225 pontos. O S&P 500 e o Nasdaq caíram forte, com desvalorizações de 2,11% e 2,84%, respectivamente.
O dólar apresentou alta de 0,87% frente ao real, cotado a R$ 5,3950.
Já na agenda econômica brasileira, o destaque entre os indicadores ficou para o índice de inflação IGP-M, que apresentou uma queda de 0,95% em setembro, depois de recuar 0,70% em agosto. De acordo com a FGV (Fundação Getúlio Vargas), a queda dos preços das commodities e dos combustíveis foi responsável pela desaceleração do índice de preços.
No Ibovespa, a maior queda do dia ficou para a Azul (AZUL4), com recuo de 8,79%, a R$ 14,42. As ações de Gol (GOLL4), Americanas (AMER3), Embraer (EMBR3) e Magazine Luiza (MGLU3) também apareceram, com desvalorizações de 8,17%, 7,41%, 6,93% e 6,47%.
Do lado oposto, Itaú (ITUB4) foi o destaque entre as maiores altas do dia, com avanço de 1,49%, a R$ 27,93.
Para Leandro De Checchi, analista da Clear Corretora, o exterior pouco favorável impacta o cenário do Ibovespa, apesar de, com isso, o Brasil mostrar-se uma excelente opção para o capital de risco, à medida em que apresenta valuation atrativo, sinais de melhora da atividade econômica e arrefecimento da inflação.
“De qualquer maneira, os investidores devem seguir cautelosos com a aproximação da eleição que deve trazer bastante volatilidade no início da próxima semana”, alerta o especialista.
➡️ Veja o fechamento desta quinta-feira:
🇧🇷 IBOV: -0,73% a 107.664 pts
🏢 IFIX: -0,08% a 2.972 pts
💵 Dólar: +0,87% a R$ 5,3950
💶 Euro: +1,52% a R$ 5,2839
💰 Bitcoin: +0,07% a 104.692 pts
🇺🇸 Nova York
Dow Jones: -1,54% a 29.225 pts
S&P 500: -2,11% a 3.640 pts
Nasdaq: -2,84%, a 10.737 pts
Acompanhe as altas e baixas da bolsa nos últimos dias:
Data | Variação | Pontuação | Volume Financeiro |
01/09/2022 | 0,81% | 110.405,30 | R$ 28,4 bilhões |
02/09/2022 | 0,42% | 110.864,24 | R$ 37,6 bilhões |
05/09/2022 | 1,21% | 112.203,35 | R$ 19,3 bilhões |
06/09/2022 | -2,17% | 109.763,77 | R$ 31,1 bilhões |
08/09/2022 | 0,14% | 109.915,64 | R$ 24,7 bilhões |
09/09/2022 | 2,17% | 112.300,41 | R$ 28,5 bilhões |
12/09/2022 | 0,98% | 113.406,55 | R$ 26,3 bilhões |
13/09/2022 | -2,30% | 110.793,96 | R$ 25,2 bilhões |
14/09/2022 | -0,22% | 110.646,67 | R$ 39,8 bilhões |
15/09/2022 | 0,54% | 109.953,65 | R$ 22,3 bilhões |
16/06/2022 | -0,61% | 109.280,37 | R$ 39,3 bilhões |
19/09/2022 | 2,33% | 111.823,89 | R$ 28,7 bilhões |
20/09/2022 | 0,62% | 112.516,91 | R$ 26,7 bilhões |
21/09/2022 | -0,52% | 111.935,86 | R$ 31,9 bilhões |
22/09/2022 | 1,91% | 114.070,48 | R$ 33,5 bilhões |
23/09/2022 | – 2,06% | 111.716,00 | R$ 35,1 bilhões |
26/09/2022 | -2,33% | 109.114,16 | R$ 31 bilhões |
27/09/2022 | – 0,68% | 108.376,35 | R$ 27 bilhões |
28/09/2022 | 0,07% | 108.451,20 | R$ 26,2 bilhões |
29/09/2022 | -0,73% | 107.664,35 | R$ 28,2 bilhões |
DESTAQUES DO IBOVESPA – (pregão à vista)
- ALTAS IBOVESPA
ITUB4: +1,49% a R$ 27,93
ENEV3: +1,33% a R$ 14,45
ITSA4: +1,26% a R$ 9,61
BBDC3: +1,06% a R$ 16,26
BBDC4: +0,76% a R$ 19,78
- BAIXAS IBOVESPA
AZUL4: -8,79% a R$ 14,42
GOLL4: -8,17% a R$ 8,65
AMER3: -7,41% a R$ 15,87
EMBR3: -6,93% a R$ 11,95
MGLU3: -6,47% a R$ 4,05
Confira o ranking completo de todos os papéis negociados na B3.
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💥 Confira os destaques corporativos de hoje 💥
B3 (B3SA3)
A B3 anuncia a criação do Índice Futuro de Milho B3 (IFMILHO B3), que acompanhará o desempenho dos contratos futuros de milho (CCM) na bolsa brasileira. Saiba mais…
Cury (CURY3)
A Cury emitiu R$ 100 milhões em debêntures, que servirão como lastro na emissão de certificados de recebíveis imobiliários (CRI). Saiba mais…
Espaçolaser (ESPA3)
A Espaçolaser atualizou o mercado sobre seu aumento de capital.
A Espaçolaser concluiu a emissão de 615.000 debêntures, relativas à 2ª emissão da companhia, perfazendo montante total de R$ 615 milhões. Saiba mais…
Log Commercial Properties (LOGG3)
A Log Commercial Properties concluiu a venda do imóvel LOG Betim II para o CSHG Logísitca, com o recebimento, pela companhia, da primeira parcela da operação, no valor de R$ 175,8 milhões, o equivalente a 70% do preço total do ativo, sendo que a parcela remanescente será paga mediante o cronograma estipulado no contrato de aquisição. Saiba mais…
Neoenergia (NEOE3)
A Neoenergia e a Prumo fecharam um acordo para desenvolver um projeto de hidrogênio verde no Porto do Açu, no Rio de Janeiro, aliado à instalação de um parque eólico offshore de 3 gigawatts (GW), informou a diretoria-executiva de Renováveis da Neoenergia, Laura Porto, durante apresentação na 20a edição da Rio, Oil & Gas. Saiba mais…
Petrobras (PETR3/PETR4)
A Petrobras prevê aumentar em mais de três vezes a capacidade instalada de produção no campo de Búzios, no pré-sal da bacia de Santos, até o final da década. A projeção é de que o volume salte dos atuais 600 mil barris diários de petróleo por dia, com quatro plataformas, para 2 milhões de barris por dia com a instalação de mais sete unidades. Saiba mais…
A Petrobras está finalizando o seu plano de investimento para o período de 2023 a 2027 e prevê divulgá-lo ao mercado no fim de novembro, informou nesta quarta-feira, 28, o diretor de Governança e Conformidade da estatal, Salvador Dahan, após participar de um painel na Rio, Oil & Gas 2022. Ele descartou qualquer impacto do resultado das eleições presidenciais deste ano na elaboração do planos. Saiba mais…
A Petrobras concluiu a primeira venda do Diesel R5 produzido pela estatal para testes comerciais. A produção, realizada na Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), em Curitiba, chegou a um total de 1.500 m³. “Trata-se de um importante passo para a venda regular e de maiores volumes do produto”, afirma em nota. Saiba mais…
A Petrobras vai reduzir em 10,5% os preços de asfaltos para distribuidoras a partir de 1º de outubro, segundo comunicado. Saiba mais…
Saraiva (SLED4)
Acionistas da Saraiva reunidos em Assembleia Geral Extraordinária aprovaram um aumento de capital no valor de R$ 35.439.644,13 mediante emissão de 7.823.321 ações preferenciais da mesma classe das já existentes, com preço de emissão unitário de R$ 4,53 via subscrição privada por parte de determinados credores da companhia. Saiba mais…
Tecnisa (TCSA3)
A Tecnisa informou que foi julgada improcedente pelo TJ-SP a ação direta de inconstitucionalidade (ADI) que suspendia a vigência e a eficácia da Lei nº 17.561/2021, que alterou as diretrizes gerais da Operação Urbana Consorciada Água Branca (OUC Água Branca). Saiba mais…
Vale (VALE3)
A mineradora Vale prestou esclarecimentos sobre notícia que saiu na imprensa esta semana sobre um suposto bloqueio de R$ 10 bilhões da empresa e da BHP. Saiba mais…