O Índice de Confiança da Indústria (ICI) do FGV IBRE cai 0,8 ponto em setembro, para 99,5 pontos. Na métrica de médias móveis trimestrais, o índice recua 0,6 ponto.
“Em setembro, a confiança da indústria recuou influenciada por uma percepção dos empresários de queda na demanda por produtos industriais de todas as categorias de uso, exceto nos produtos de consumo de bens não duráveis. Tal resultado afeta negativamente a avaliação sobre a situação atual dos negócios, apesar de uma descompressão nos custos com a redução dos preços do petróleo e da energia. Para os próximos meses, nota-se um pessimismo quanto ao aumento da produção, possivelmente relacionados com a continuidade da desaceleração da atividade econômica e dificuldades ainda no abastecimento de alguns insumos. O cenário melhora um pouco no horizonte de seis meses, mas é preciso ter cautela considerando que a política monetária mais restritiva deve conter os investimentos nos próximos meses.”, comenta Stéfano Pacini, economista do FGV IBRE.
Em setembro, houve queda da confiança em 11 dos 19 segmentos industriais monitorados pela Sondagem. O Índice Situação Atual (ISA) recuou 1,9 ponto, para 100,9 pontos enquanto o Índice de Expectativas (IE) se manteve relativamente estável ao variar 0,1 ponto para 98,0 pontos.
Entre os quesitos que integram o ISA, a percepção dos empresários em relação à situação atual dos negócios piorou e foi o que mais influenciou negativamente o resultado no mês ao cair 4,1 pontos para 97,6 pontos, menor nível desde março (91,9 pontos). Tal resultado parece estar atrelado também a uma percepção de queda na demanda, o Indicador que mede nível de demanda recuou 1,7 ponto para 101,5 pontos. Já o indicador que mede o nível dos estoques se manteve estável ao variar 0,3 ponto e se mantém com resultado favorável abaixo de 100 pontos.
Entre as expectativas, a produção nos próximos três meses mantém trajetória negativa pelo terceiro mês consecutivo com queda de 1,0 ponto em setembro para 91,1 pontos, menor patamar desde março (90,3 pontos). Contudo, para os próximos seis meses, o indicador que mede a tendência dos negócios recupera pelo segundo mês, 1,7 ponto em setembro, para 98,5 pontos, se aproximando dos patamares observados no último trimestre de 2021.
O Nível de Utilização da Capacidade Instalada da Indústria cai 1,4 ponto retornando ao patamar observado em maio de 2022 de 80,8%.
Informações FGV IBre