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Petrobras: gerente de gás e energia, diz que Brasil vai continuar a importar gás natural, mesmo com novos gasodutos

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O gerente de gás e energia da Petrobras, Álvaro Tupiassu, disse na 20ª edição da Rio Oil & Gas, que o Brasil vai continuar a importar gás natural, mesmo com a inauguração de grandes projetos de escoamento de gás natural produzido em alto mar.

O executivo fazia referência aos gasodutos submarinos Rota 3, na Bacia de Santos, além do BM-C-33, na Bacia de Campos, e do Sergipe Águas Profundas (Seap), na Bacia Sergipe-Alagoas. Tupiassu falou esta tarde em painel da maior feira de óleo e gás do Brasil, que acontece esta semana no Rio de Janeiro.

“Junto com o Rota 1 e 2, o Rota 3 aumenta a capacidade de escoamento de gás para 44 milhões de metros cúbicos por dia. Ao longo do tempo serão acrescentados o Seap e o BM-C-33. Vai diminuir, mas o Brasil vai seguir como um importador líquido de gás”, disse Tapiassu.

Ele acrescentou que a infraestrutura composta pelos gasodutos Rota 1, 2 e 3 é suficiente para todo o gás em produção ou em vias de produção nas bacias de Campos e Santos. E que projetos adicionais, se vierem, só devem acontecer “bem mais à frente”. “Outras rotas (de gás) no pré-sal vão depender de novos prospectos”, completou.

Sobre o Rota 3, o gerente da Petrobras (BOV:PETR3) (BOV:PETR4) informou que o gasoduto deve entrar em operação em 2024, já em sua capacidade máxima. Ao ser questionado se o atraso do projeto levaria a injeção de volumes maiores de gás nos reservatórios, Tapiassu indicou que sim.

A produção de gás pela Petrobras tem aumentado e a razão de ser dos projetos de escoamento é dar um fim útil ao insumo, seja por meio da reinjeção, capaz de aumentar o fator de recuperação de óleo nos campos, ou por meio do fornecimento ao mercado consumidor.

O executivo destacou, ainda, que o Seap e o BM-C-33 são atualmente os dois maiores projetos em desenvolvimento no Brasil, com capacidades diárias para transportar 18 MM m³ e 16 MM m³ de gás por dia. Somados, portanto, esses projetos vão acrescentar 34 MM m³ diários à malha de gasodutos brasileira. “É mais do que a Bolívia já enviou ao Brasil no topo de seu fornecimento”, disse Tapiassu.

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