Andreessen Horowitz (a16z), um fundo de hedge que administra cerca de US$ 28 bilhões, tornou-se uma das principais vítimas da crise do mercado de criptomoedas. Apesar da desaceleração, a empresa disse que permanece fiel à “visão criptocêntrica da internet chamada Web3”.

Em comentários ao Wall Street Journal em um artigo sobre o envolvimento de cripto da a16z publicado em 26 de outubro, Chris Dixon – sócio geral do fundo e principal tomador de decisões sobre investimentos em cripto – prometeu sua intenção de continuar investindo no mercado apesar das perdas.

Dixon disse acreditar que há “um horizonte de muito longo prazo” para as criptomoedas, já que o setor ainda está nos estágios iniciais de aquisição de usuários. Em sua opinião, a desaceleração do mercado é uma oportunidade para o fundo continuar apoiando empreendedores de criptomoedas:

“O que eu olho não são os preços. Eu olho para a atividade empreendedora e desenvolvedora. Essa é a métrica principal.”

No entanto, a a16z ajustou sua estratégia de alta em criptoativos depois que seu principal fundo de cripto, lançado em 2018, perdeu cerca de 40% de seu valor no primeiro semestre de 2022. No terceiro trimestre de 2022, anunciou apenas nove acordos com startups de cripto, em comparação com 26 anúncios no quarto trimestre de 2021.

O fundo de hedge ainda continua sendo um grande beneficiário dos saltos positivos do mercado de criptomoedas nos últimos anos – obteve ganhos de quase 10 vezes após apoiar a exchange Coinbase (COIN, C2OI34) em 2013 e um aumento de 100 vezes no valor do mercado de tokens não fungíveis OpenSea, que apoiou em 2021.

Em 3 de outubro, a a16z forneceu US$ 40 milhões em financiamento para o protocolo de conhecimento descentralizado Golden, com o sócio geral do fundo Ali Yahya e o cofundador Marc Andreessen se juntando ao conselho de administração da Golden.

A indústria de blockchain viu US$ 1,36 bilhão em capital de risco investido na indústria de blockchain em agosto de 2022 – uma baixa de 12 meses e o quarto declínio mensal consecutivo nas entradas de capital.

Por David Attlee