A C&A teve prejuízo líquido de R$ 61,4 milhões no terceiro trimestre, revertendo o lucro de R$ 243,9 milhões do mesmo período de 2021, seguindo a tendência de queda de lucro no primeiro e do segundo trimestres deste ano.
Excluindo o efeito não recorrente mencionado, o resultado no 3T21 teria sido um prejuízo de R$ 54,2 milhões. No acumulado de 9 meses, temos um prejuízo de R$ 212,0 milhões principalmente em função do resultado financeiro.
A receita líquida somou R$ 1,407 bilhão no terceiro trimestre deste ano, crescimento de 5,1% na comparação com igual etapa de 2021.
A receita de vestuário apresentou aumento de 4,5% e SSS de 0,9% no 3T22. O desempenho da categoria foi justificado pela boa aceitação de nossas coleções e collabs, mas negativamente impactado pela antecipação de vendas de inverno no 2T22 e pelo clima frio atípico para o final do trimestre.
A categoria é composta por aparelhos celulares e smartphones, em sua maioria, e por itens de beleza e relógios. Embora os produtos de beleza tenham sido introduzidos na C&A apenas no final de 2019, atualmente já representam cerca de 15% da categoria e estão presentes em 271 lojas, além do canal digital.
Com relação ao desempenho da receita, houve queda de 2,3% no trimestre. A companhuia observou a fraca demanda, principalmente na semana do consumidor, e maior agressividade competitiva. A mudança de tecnologia com a chegada do 5G deverá beneficiar a categoria no médio prazo, com gatilhos claros de percepção de benefícios pelo cliente, como performance de apps, streaming, entre outros. O SSS de Fashiontronics e Beleza apresentou queda de 5,2% no trimestre.
As despesas operacionais excluindo depreciação somaram R$ 498,8 milhões, montante 0,5% menor do que o apresentado no 3T21 principalmente em função de outras receitas operacionais.
O Ebtida – lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização – ajustado totalizou R$ 139,7 milhões no 3T22, um crescimento de 60,9% em relação ao 3T21.
A margem Ebitda ajustada atingiu 9,9% entre julho e setembro, alta de 3,4 pontos percentuais (p.p.) frente a margem registrada em 3T21.
No critério vendas nas mesmas lojas (SSS), as vendas de vestuário tiveram leve avanço de 0,9%, enquanto as vendas de fashiontronics e beleza caíram 5,2% no comparativo trimestral. No consolidado, as vendas nas mesmas lojas ficaram estáveis entre o terceiro trimestre de 2021 e o terceiro trimestre deste ano.
A receita bruta digital foi de R$ 264,8 milhões no último trimestre, alta de 4,6%. O indicador inclui as vendas da C&A e de seu marketplace.
O lucro bruto acumulou R$ 693,8 milhões, montante 15,8% superior ao do 3T21. A margem bruta total de 49,3% foi 4,6 pp superior em função principalmente da melhoria da margem observada no vestuário e pelo aumento da participação de serviços financeiros.
A margem bruta de mercadorias ficou em 47,8%, um aumento de 3,5 p.p. em relação ao 3T21. Este resultado é consequência da melhoria das margens tanto de vestuário como de fashiontronics e beleza e da participação das categorias, com vestuário 0,8 p.p. maior do que no 3T21.
A margem bruta de vestuário ficou em 51,8%, um aumento de 2,5 pp em função da contínua evolução da precificação dinâmica, da menor remarcação da coleção de inverno dada a forte venda no 2T22, e do início da captura do benefício da distribuição push-pull em nossos produtos de maior giro.
A receita de Serviços Financeiros foi de R$ 73,4 milhões, apresentando aumento de 48,0%, principalmente em função do crescimento da operação do C&A Pay.
As despesas gerais e administrativas ficaram 4,1% maior, somando R$ 109,1 milhões, em função da operação do C&A Pay, cuja estrutura não existia no período de comparação no último ano, parcialmente mitigada pela redução na linha de materiais e serviços de terceiros em função do ganho de eficiência principalmente no centro de distribuição eCommerce com a nova operação automatizada.
O investimento no trimestre foi de R$ 93,4 milhões, valor 23,9% menor quando comparado ao 3T21. Do total, investimentos em Digital e Tecnologia somaram R$ 49,1 milhões. No acumulado de 9 meses, o investimento foi de R$ 262,6 milhões, 21,6% menor do que nos 9M21.
No fim do terceiro trimestre, a dívida líquida era de R$ 1.146 milhões e a dívida total apresentava um prazo médio de 3,62 anos e um custo médio (all in) de CDI+2,10%. A alavancagem calculada de acordo com os critérios de covenants das dívidas contraídas ficou em 3,2x a dívida líquida / EBITDA últimos doze meses no valor de R$ 357,7 milhões (conforme tabela apresentada no anexo da página 18) em função do desempenho ainda impactado pela pandemia no ano passado e da sazonalidade da operação no ano.
Os resultados da C&A Modas (BOV:CEAB3) referentes suas operações do terceiro trimestre de 2022 foram divulgados no dia 09/11/2022. Confira o Press Release completo!
* Com informações da ADVFN, RI das empresas, Valor, Infomoney, Estadão, Reuters