A Americanas SA divulgou a respeito da teleconferência organizada nesta manhã pelo BTG com o ex-CEO da companhia, Sergio Rial, na qual ele prestou esclarecimentos sobre as inconsistências contábeis averiguadas.

O fato relevante foi feito pela companhia (BOV:AMER3) nesta quinta-feira (12).

“Diante do fato de que havia sido atingido o limite de participantes da plataforma utilizada, foi verificado que não havia sido iniciada a gravação da teleconferência, o que passou a ser feito de imediato”, diz o texto.

Segundo a empresa, antes do encerramento da teleconferência, para evitar prejuízos aos participantes do mercado, Rial sumarizou as informações que haviam sido passadas no início da explanação. A companhia disponibilizou o link do sumário e o da teleconferência, afirmando que não foi apresentado qualquer material a seus participantes, ressaltando que as informações relevantes sobre os impactos dos ajustes contábeis a serem realizados foram objeto de fato relevante.

“Reitera-se que, neste momento, não é possível determinar todos os impactos de tais inconsistências na demonstração de resultado e no balanço patrimonial da Companhia. Somente com a conclusão de trabalhos de apuração e dos trabalhos a serem realizados pelos auditores independentes, após o que será possível determinar adequadamente todos os impactos que tais inconsistências terão nas demonstrações financeiras da Companhia”, conclui o documento.

Vídeo Teleconferência

Link para o sumário da Teleconferência

VISÃO DO MERCADO

XP Investimentos

A XP aponta que a teleconferência realizada pela Americanas para esclarecer pontos relacionados ao anúncio de inconsistência contábil da companhia não conseguiu ajudar a reduzir as incertezas e a falta de visibilidade sobre a empresa.

Na avaliação da gestora, ficou claro que a alavancagem da companhia deve subir, com os R$ 20 bilhões sendo um valor que deveria ser reconhecido como dívida bancária no balanço e não foi.

Pelos cálculos da XP, assumindo o cenário em que a empresa tenha uma dívida líquida de R$ 25,2 bilhões, reconhecendo de uma vez só o montante, a alavancagem da Americanas subiria de 1,7 vez a dívida líquida sobre o Ebitda para 8 vezes.

Informações BDM