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Os motoristas do Uber (NYSE:UBER) na França devem ganhar um mínimo de 7,65 euros líquidos (8,25 dólares) por corrida após um acordo setorial com sindicatos, estabelecendo um precedente após meses de negociações com aplicativos de táxi, disse o Uber na quarta-feira, 18 de janeiro de 2023.
O Uber Technologies Inc também é negociado na B3 através do ticker (BOV:U1BE34).
O acordo aumenta o preço mínimo por corrida em 27%, elevando-o para 10,20 euros brutos ou 7,65 euros líquidos, informou o Uber em comunicado.
O acordo foi firmado com os sindicatos franceses CFTC e UNSA e as associações profissionais AVF e FNAE. Ele se aplicará a todos os aplicativos de táxi na França, disseram as organizações em um comunicado separado.
Os aplicativos de táxi ativos na França também incluem o Bolt da Estônia e o FreeNow, formado a partir de uma joint venture entre a alemã BMW (BMW) e Mercedes-Benz Group (MBG).
“É o primeiro acordo desse tipo na França”, disse Yassine Bensaci, representante da AVF que trabalha como motorista de aplicativo de táxi desde 2014, acrescentando que o acordo formal será assinado formalmente ao meio-dia de quarta-feira e aplicável a partir de fevereiro.
“É apenas o primeiro passo, pois as conversas estão acontecendo sobre outros assuntos”, disse ele, citando um acordo com as mesmas organizações para ter reuniões regulares com representantes dos motoristas.
Uma compensação específica para motoristas independentes será garantida para que possam participar de tais reuniões, disse o Uber.
As negociações, instigadas pelo governo francês, ocorrem após anos de conflito entre motoristas de táxi tradicionais e aplicativos de táxi, bem como decisões judiciais que desafiaram a economia mais ampla. Composto principalmente por aplicativos de táxi e entrega de comida, essas atividades dependem fortemente de autônomos para conduzir seus negócios sem ter que arcar com uma série de custos e benefícios dos funcionários.
Antes de ser eleito presidente, Emmanuel Macron havia defendido esses aplicativos, incluindo o Uber, com sede nos Estados Unidos, como um modelo para a criação de empregos, particularmente nos “banlieues” – conjuntos habitacionais suburbanos carentes onde o desemprego é alto.
($1 = 0.9273 euros)
Por Reuters
