Em uma dura petição, o Bradesco pediu à Justiça de São Paulo, nesta segunda-feira, que o trio de acionistas de referência da Americanas seja impedido de vender seus bens e de esvaziar os próprios patrimônios enquanto a varejista não quitar a dívida de R$ 4,7 bilhões que mantém com o banco.
A informação é da coluna de Lauro Jardim/OGlobo. A ação mira Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Beto Sicupira e cobra que eles mantenham aquilo que possuem para o caso de serem reconhecidos adiante como responsáveis por indenizar os credores da companhia.
A petição, produzida pela equipe do advogado Walfrido Warde Júnior, diz que o Bradesco tem a intenção de “resguardar o seu direito de acionar pessoalmente” os três sócios para que respondam “pelos atos que tenham sido por eles perpetrados e (a ação) impeça eventuais medidas de esvaziamento patrimonial”.
Segundo o banco, o desfecho do caso Americanas (BOV:AMER3) deve envolver a descoberta de uma “provável fraude” pela qual Lemann, Telles e Sicupira podem ser responsabilizados “por ação, por omissão”.
Em outro trecho, o Bradesco (BOV:BBDC3) (BOV:BBDC4) questiona: “Se alguém disser que a Americanas foi administrada e controlada por mentirosos estará mentindo?”, em uma referência ao fato de que o rombo em questão se formou ao longo de uma década e, na concepção dos advogados do banco, não teria como passar despercebido pelos controladores do negócio.
Informações BDM