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AES Brasil (AESB3): lucro líquido de R$ 137,4 milhões milhões e oportunidades no mercado de M&A

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A geradora de energia renovável AES Brasil conseguiu fechar 2022 com desempenho positivo, colhendo frutos da estratégia de diversificar seu parque gerador com o avanço nas fontes renováveis eólica e solar, que ajudam a complementar e equilibrar os resultados da geração de suas hidrelétricas, disse na segunda-feira um executivo da companhia.

A elétrica encerrou o quarto trimestre de 2022 com lucro líquido de R$ 137,4 milhões, revertendo o prejuízo de R$ 31,5 milhões registrado um ano antes.

Já o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) somou 359,9 milhões de reais no trimestre, um aumento de 76,7% no comparativo anual.

Os resultados da AES Brasil (BOV:AESB3) referentes às suas operações do quarto trimestre de 2022 foram divulgados no dia 27/02/2023.

2022

A AES Brasil registrou lucro líquido de R$ 320,1 milhões no ano de 2022, crescimento de R$ 359 milhões em comparação ao prejuízo ajustado pelos fatores não recorrentes* de 2021.

A receita operacional líquida da AES Brasil no ano de 2022 foi de R$ 2,8 bilhões, alta de 13% em relação ao ano anterior, enquanto a margem operacional líquida acumulada totalizou R$ 1,7 bilhão, com aumento de 35% em relação à margem líquida ajustada de 2021, refletindo a melhora nos resultados em todos os segmentos de atuação.

Além do desempenho positivo do EBITDA no 4T22, calculado em R$ 359,9 milhões (aumento de 76,7% em relação ao 4T21), mais R$ 1,2 bilhão no acumulado de 2022 (aumento de 37% na comparação com o ano anterior), a empresa ainda considera, para os próximos anos, R$ 850 milhões de EBITDA contratados.

Outro destaque é o resultado financeiro que, em 2022, apresentou melhor desempenho em função da estratégia de alocação dos recursos disponíveis para aplicação e do maior saldo de caixa no período. A AES Brasil encerrou 2022 com um caixa consolidado de R$ 4,3 bilhões destinados, principalmente, aos investimentos previstos para 2023.

O EBITDA no quarto trimestre de 2022 de R$ 359,9 milhões, alta de 77% em relação ao mesmo período em 2021. No acumulado do ano, o EBITDA foi de R$ 1,2 bilhão, 37% maior do que no ano anterior.

A Companhia conta, ainda, com mais aproximadamente R$ 850 milhões de EBITDA estimado já contratado para os próximos anos, considerando a entrada dos projetos em construção e a consolidação da aquisição concluída em novembro de 2022 (os Complexos Eólicos Ventos de Araripe, Caetés e Cassino).

Os resultados ajudam a pavimentar o caminho para 2023, somados à conclusão da construção dos Complexos Eólicos Cajuína (RN) e Tucano (BA), que serão 100% operados por mulheres. Ambas as obras refletem o foco nos investimentos em diversificação de portfólio e crescimento em renováveis nos últimos anos.

Destaques do ano de 2022

Entre os resultados de 2022, a AES Brasil destaca a conclusão da aquisição de 456 MW em capacidade eólica operacional e sua atuação no mercado varejista de energia elétrica, tendo fechado contratos com 87 clientes desde a sua criação, em 2019, totalizando 44 MWm comercializados. Outro destaque foi a assinatura do pré-contrato com o Porto de Pecém (CE), visando o avanço nos estudos de viabilidade para produção de até 2 GW de hidrogênio verde.

Os investimentos da AES Brasil no 4T22 totalizaram R$ 618,1 milhões e, ao longo de 2022, somaram R$ 2,2 bilhões, principalmente devido à construção dos Complexos Eólicos Tucano e Cajuína, assim como às modernizações dos ativos hídricos e à estratégia de turnaround dos parques eólicos adquiridos. A empresa tem planos de investir, aproximadamente, R$ 3,1 bilhões de 2023 a 2027, com foco na expansão de projetos já contratados e com planos de construção definidos, desenvolvimento do pipeline e modernização e manutenção dos ativos em operação.

Em relação à evolução das obras, em Tucano, mais de 95% da construção já está concluída, com 24 dos 52 aerogeradores em operação. A expectativa é que o Complexo esteja totalmente operacional no primeiro semestre de 2023. Já em Cajuína Fase 1, as obras apresentam uma evolução de 78%, com 21 dos 55 aerogeradores montados. A Fase 2 atingiu mais de 18% dos marcos de construção e a expectativa é que o Complexo inicie suas operações ainda este ano.

“Dobramos nosso tamanho nos últimos cinco anos, com uma estratégia baseada em diversificação de portfólio e 100% em fontes renováveis. Nossa estratégia tem se provado acertada e começamos a perceber o valor através da materialização nos nossos resultados financeiros. Seguiremos firmes nessa trajetória”, diz Clarissa Sadock, CEO da AES Brasil.

*Os efeitos não recorrentes de 2021: constituição do imposto de renda diferido ativo, ocorrido no 3T21 no montante de R$ 533 milhões; e impacto do ressarcimento do GSF no 1T21, líquido de imposto de renda no montante de R$ 234 milhões.

Teleconferência

A AES Brasil decidiu aprovar dividendos referentes a 2022 equivalentes a 50% do lucro líquido distribuível, após proventos de 100% dos ganhos em anos anteriores, mas tem planos de retomar o pagamento mais generoso aos acionistas.

“A decisão de dividendos foi principalmente por duas variáveis: em função do nosso endividamento atual e também em função da taxa de juros vigente”, disse Sadock. “Nós temos, sim, a intenção de voltar a distribuir 100%”.

A AES Brasil, que está com um forte plano de expansão, encerrou 2022 com alavancagem, medida pela relação entre dívida líquida e geração de caixa, de 4,85 vezes.

“Devemos atingir o pico do endividamento agora no primeiro semestre, a alavancagem deve ficar um pouco acima de 5,5 vezes”, disse Sadock, voltando a ressaltar que o elevado endividamento da companhia ainda se dá em um contexto de juros elevados.

A AES Brasil também está “na fase final” de construção de cerca de 1 gigawatt em novas usinas, com os complexos eólicos Tucano e Cajuína, disse Sadock, o que deverá aliviar pressões sobre o caixa da companhia.

A companhia já avançou em 95% nas obras do parque Tucano, de 322 megawatts; os trabalhos na usina Cajuína 1, de 325 megawatts, estão 78% concluídos, e os de Cajuína 2, de 370 megawatts, 18%. Os dois primeiros devem iniciar operação no primeiro semestre, enquanto Cajuína 2 deve começar a produzir no segundo semestre.

NOVOS PROJETOS E M&A

Em relação a crescimento, o executivo afirmou que o mercado de fusões e aquisições (M&A, na sigla em inglês) do setor elétrico está agitado e com um volume grande de oportunidades.

“Tem muita gente vendendo ativo, tem um volume que fazia muito tempo eu não via na praça, formal e informalmente”.

Ele reiterou que a companhia segue monitorando oportunidades de negócio, mas que em um cenário de custo de capital alto, os retornos têm que ser “ainda mais excepcionais”. “Acho difícil, no curto prazo, a gente ter algum tipo de operação nesse tipo, mas nada é garantido”.

Questionado sobre interesse em ativos renováveis colocados à venda pela Enel Brasil, Gregori apontou que os projetos não têm o perfil que a AES Brasil costuma buscar –ativos já operacionais e com espaço para “turnaround” operacional e financeiro.

“Não é o tipo de ativo que focamos as nossas atenção, por dever de ofício olhamos tudo, mas não é o tipo de ativo que normalmente casa com a expectativa de retorno e nicho de atuação”.

Já do lado de projetos “greenfield”, construídos do zero, ele disse que a área comercial da AES está bastante “ativa” na negociação de contratos para novos projetos, com cerca de 2 GW em propostas em discussão junto a clientes.

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