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Petroleiras despencam na bolsa com imposto de exportação e Petrobras reavaliando venda de ativos

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Os papéis de empresas de óleo e gás despencavam nesta quarta-feira (01) na bolsa, continuando o forte movimento de baixa visto ontem, com a notícia de que o governo estabelecerá um imposto sobre as exportações de petróleo bruto por quatro meses, medida que segundo analistas e executivos deve afetar empresas do setor.

As ações do setor também sentiam o peso do anúncio pela Petrobras, nesta manhã, sobre uma reavaliação de desinvestimentos em curso, que atenderá à solicitação do Ministério de Minas e Energia, que pediu que a estatal suspenda a venda de ativos por 90 dias.

A 3R Petroleum (BOV:RRRP3) liderava as perdas do setor na B3 por volta de 11h43, desabando 9,5%, enquanto a PetroRecôncavo (BOV:RECV3) perdia 5,4%, a PRIO (BOV:PRIO3), 4,75%, e a Enauta (BOV:ENAT3), 4,5%. Já as preferenciais da Petrobras (BOV:PETR4) caíam 2,4%.

A equipe de analistas do BTG Pactual estimou potencial impacto negativo de até US$64 milhões, ou 3,7%, nos resultados operacionais deste ano da PRIO medidos pelo EBITDA devido ao novo imposto.

Para a Petrobras, o time do Goldman Sachs projetou possível efeito negativo de cerca de 0,5% na receita líquida projetada para este ano, ou 1% do EBITDA consolidado de 2023.

A 3R Petroleum e a PetroRecôncavo devem ver “poucos impactos de curto prazo”, segundo os analistas do BTG, que viram reação “exagerada” do mercado à notícia ontem – quando os papéis da 3R fecharam em queda de 6,97%, os da PetroRecôncavo, de 6%, e os da PRIO, de 9%.

“Ambas as companhias vendem 100% de seus produtos no mercado doméstico, portanto, o imposto não deve levar a uma revisão de nossas estimativas de 2023 para essas empresas”, escreveram, em relatório divulgado hoje.

Apesar de não ter efeitos diretos sobre algumas companhias, a taxa sobre exportações pode reduzir os preços de venda do petróleo no mercado interno, afetando as operações em alguma medida, disse hoje o diretor financeiro da 3R, Rodrigo Pizarro, ao participar de evento online da agência EPBR.

“Em um exemplo bem simplista: se uma empresa exportadora venderia a US$100 por barril, com taxação na prática vai vender a US$91 a US$92 por barril. Se algum operador local oferecer US$96, US$94, isso já é mais competitivo. Obviamente você traz a paridade local para baixo, então tem um impacto generalizado”, explicou Pizarro.

A 3R Petroleum está no momento à espera da conclusão da aquisição do Polo Potiguar, que teve contrato já assinado junto à Petrobras e é considerado um ativo-chave para a empresa. Não ficou imediatamente claro qual o impacto da decisão da Petrobras de rever desinvestimentos sobre essa operação.

A PetroRecôncavo e a Eneva também negociavam com a Petrobras a compra do Polo Bahia Terra, em fase avançada mas ainda sem acordo assinado. O Scoop já publicou que membros do novo governo se opõem à transação.

A Petrobras disse em comunicado hoje que “analisará os processos em curso” para as vendas de ativos, levando em consideração “eventuais compromissos já assumidos, suas cláusulas punitivas e suas consequências”. A companhia também avaliará “riscos jurídicos e econômicos” do eventual recuo em desinvestimentos.

AFETA MAIS CONCESSÕES

O imposto de exportação proposto pelo governo, por Medida Provisória, impactará grupos menores, e não as gigantes que operam no pré-sal, como a Petrobras, e estrangeiras incluindo Shell e Total, disse à Mover o sócio do Centro Brasileiro de Infraestrutura, Pedro Rodrigues.

Isso porque as companhias podem incluir o custo dos impostos na hora de calcular o “óleo lucro” que precisam entregar à União dentro dos contratos fechados em modelo de Partilha de Produção, utilizados no pré-sal.

“Quem vai pagar essa conta são as empresas menores, no regime de concessão, que hoje exportam petróleo. Essas empresas que vão ter que ‘se virar nos 30’, internalizar esse custo ou repassar, o que acho difícil”, afirmou Rodrigues.

(Por Luciano Costa do TC)

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