A Americanas informou que a versão pública do relatório circunstanciado das atividades do Grupo Americanas, apresentado no contexto da recuperação judicial à Justiça do Rio de Janeiro, já está disponível para consulta.
Na terça-feira, a varejista havia informado que o documento contém informações relevantes em relação ao processo de recuperação judicial que deveriam ser de conhecimento público, mas que a divulgação dependia da retirada de informações confidenciais contidas na versão enviada ao Juízo.
O relatório está disponível aos acionistas no site de relações com investidores da empresa, neste link, e uma cópia desse material também está disponível no Sistema Empresas.NET da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), além do website da B3.
Como informado pelo Valor há pouco, o relatório entregue à Justiça na segunda-feira (20) mostrou que o pedido de recuperação judicial da Americanas fez o prazo de pagamento da varejista a seus fornecedores encolher drasticamente. O prazo — que era de 124 dias em janeiro — foi de 10 dias em fevereiro. A varejista entrou com pedido de recuperação judicial em 19 de janeiro.
“[As empresas do grupo] relatam que, diante do pedido de recuperação judicial, os seus fornecedores estão exigindo, em regra, o pagamento antecipado dos produtos vendidos, o que vem impactando no seu ciclo financeiro e fluxo de caixa”, destaca o relatório.
O documento informa ainda que a empresa contava em 13 de março com 40.426 funcionários diretos. O total representa uma redução de 2.741 postos de trabalho, na comparação com o número de colaboradores celetistas (43.167) da companhia em 12 de janeiro. Um dia antes, a Americanas anunciou ao mercado a existência de R$ 20 bilhões em inconsistências contábeis.
Só no período entre 27 de fevereiro e 12 de março, aconteceram 1.045 desligamentos, detalha o relatório. Desse total, a maior parte foram pedidos de demissão (531).
Com informações do RI da empresa e do Valor